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Conexão crucial para criar a “internet quântica” é feita pela primeira vez

Pesquisa pioneira integra dispositivos-chave para viabilizar redes quânticas, marcando um passo decisivo para a "internet quântica"

16 abr 2024 - 17h44
(atualizado em 17/4/2024 às 12h10)
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Resumo
Pesquisadores conseguiram pela primeira vez produzir, armazenar e recuperar informações quânticas, que é um passo crucial para o desenvolvimento de redes quânticas seguras.
Foto: rawpixel/Freepik

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram produzir, armazenar e recuperar informações quânticas. Esse avanço é crucial para o desenvolvimento de redes quânticas. 

Com a possibilidade dessas redes, feitas de forma segura, a computação quântica conseguirá resolver problemas importantes, como otimizar riscos financeiros, descriptografar dados, projetar moléculas e estudar as propriedades dos materiais.

Até o momento, o desenvolvimento dessa rede está parado, porque as informações quânticas podem ser perdidas durante uma transmissão de longa distância. Uma forma para solucionar esse desafio é dividir a rede em segmentos menores e conectá-los com um estado quântico compartilhado. 

Para alcançar esse objetivo, os pesquisadores precisam ter um dispositivo que possa armazenar e recuperar as informações, ou seja, uma memória quântica. A memória deve “se comunicar” com outro, que tenha capacidade de criar as informações quânticas.

Dessa forma, os pesquisadores do Imperial College London, da Universidade de Southampton e das Universidades de Stuttgart e Wurzburg na Alemanha, conseguiram pela primeira vez desenvolver um sistema capaz de integrar os dois componentes, utilizando fibra óptica convencional para a transmissão dos dados.

Os resultados foram publicados na revista Science Advances.

"Conectar dois dispositivos-chave é um passo crucial para permitir a rede quântica, e estamos realmente animados por ser a primeira equipe a conseguir demonstrar isso”, afirmou a co-primeira autora, Dra. Sarah Thomas, do Departamento de Física do Imperial College London.

Já o co-primeiro autor, Lukas Wagner, da Universidade de Stuttgart, complementou: "Permitir que locais distantes, e até mesmo computadores quânticos, se conectem é uma tarefa crítica para as futuras redes quânticas."

Agora, a equipe de pesquisadores tem o objetivo de melhorar o sistema. O resultado alcançado, mesmo como evidência de um conceito que poderá ser utilizado no futuro, é um passo importante, de acordo com o co-autor Dr. Patrick Ledingham da Universidade de Southampton. 

"Membros da comunidade quântica têm tentado ativamente essa conexão por algum tempo. Isso inclui nós, tendo tentado este experimento duas vezes antes com diferentes dispositivos de memória e ponto quântico, voltando mais de cinco anos, o que mostra o quão difícil é fazer isso”, afirmou Ledingham. 

"O avanço desta vez foi reunir especialistas para desenvolver e executar cada parte do experimento com equipamentos especializados e trabalhar juntos para sincronizar os dispositivos”, completou.

Fonte: Redação Byte
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