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Cientistas reconstroem face de humano mais antigo já encontrado; veja

Para fazer reconstrução, pesquisadores utilizaram estudo de 2018 que criou crânio digital

2 ago 2023 - 18h00
(atualizado às 18h04)
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Humano moderno mais antigo é do sexo feminino
Humano moderno mais antigo é do sexo feminino
Foto: Cícero Moraes

O rosto de uma mulher de mais de 45 mil anos foi trazido "de volta à vida" por um time de pesquisadores do Brasil, Austrália e Itália. Batizada de Zlatý kůň, ou "cavalo dourado", trata-se do humano moderno mais antigo já encontrado. 

Os restos fossilizados, recuperados na República Tcheca há mais de 70 anos, são apenas uma parte do crânio, o qual teria provavelmente sido consumido por animais após a morte, segundo pesquisadores.

Para fazer a reconstrução, os cientistas utilizaram um estudo de 2018 que recriou um crânio digital com base nos pedaços encontrados e em dados estatísticos de humanos modernos.

O brasileiro no time é Cícero Moraes, designer conhecido por reconstruções de figuras históricas que cedeu entrevista exclusiva ao Byte no último sábado (29).

Sobre a nova descoberta, o especialista afirmou que o maior desafio foi dar início a seu trabalho tendo como base uma outra aproximação — a do crânio, feita em 2018.

"O crânio é a base de toda aproximação facial forense", conta.

Moraes também disse que o que mais lhe surpreendeu durante reconstrução foi a robustez de alguns traços do crânio. Ele conta que, no início da pesquisa, a cabeça chegou a ser atribuída ao sexo masculino. 

"Curiosamente, a mesma situação ocorreu com outra mulher, a Mladeč 1, de 31 mil anos e também encontrada na República Tcheca. Descobriram se tratar de indivíduos do sexo feminino anos depois das primeiras análises", afimou.

Não se sabe ao certo por que alguns crânios antigos aparentam ter traços mais fortes, segundo o pesquisador. Em suas análises, ele especula que mulheres de mais de 30 mil anos atrás tinham traços similares aos que têm hoje os homens modernos. 

"As mandíbulas dos humanos atuais parecem de crianças perto das mais arcaicas", diz.

 Zlatý kůň estava entre os primeiros Homo sapiens a viver na Eurásia depois que nossa espécie migrou da África. Seu genoma carregava cerca de 3% de ancestralidade neandertal, o que indica que ela fazia parte de uma população de humanos modernos que provavelmente acasalaram com neandertais.

Veja aproximação

Fonte: Redação Byte
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