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Crânio humano antigo pode resolver mistérios sobre evolução humana

Descoberta na China pode oferecer respostas sobre diferenças na evolução encontrada em fósseis antigos ao redor do mundo

30 nov 2022 - 15h19
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Novo crânio chinês pode ser de espécie humana antiga
Novo crânio chinês pode ser de espécie humana antiga
Foto: Jakub Hałun, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons

Pesquisadores anunciaram a descoberta de um crânio humano próximo a Yunyang (anteriormente conhecida como Yunxian), na região central da China, que provavelmente era de um membro da extinta espécie Homo erectus

O fóssil foi encontrado a 35 metros de uma escavação onde dois outros crânios da mesma espécie foram achados em 1989 e 1990, apelidados respectivamente de “Homem Yunxiano 1” e “Homem Yunxiano 2”.

A descoberta do “Yunxiano 3” pode proporcionar avanços significativos nos estudos da genealogia humana, pois espera-se que o crânio esteja em melhores condições do que os outros dois fósseis — que foram encontrados distorcidos e parcialmente esmagados após milhares de anos no subsolo.

“É uma descoberta maravilhosa”, disse à revista Nature a paleoantropóloga Amélie Vialet, do Museu Nacional de História Natural de Paris, que trabalhou com os dois primeiros crânios.

Uma reconstrução do crânio Yunxiano 2, realizada por meio de computadores em 2010, indicou que o fóssil provavelmente se tratava de um Homo erectus. Essa espécie humana pode ter sido a primeira a se aventurar fora do continente africano, lugar onde a humanidade surgiu, há mais de 1,5 milhão de anos.

Evidências arqueológicas indicam que o Homo erectus viveu de 250 mil a 1,9 milhão de anos atrás, um período extenso e que ainda guarda muitos mistérios. Com a descoberta, pesquisadores esperam poder entender melhor como diferentes populações humanas interagiram e migraram neste intervalo.

O terceiro crânio ainda está enterrado na posição vertical. A primeira parte vista pelos escavadores foi a região da testa, próxima às sobrancelhas e aos olhos. Ainda não se sabe os dentes e o maxilar inferior estão presos ao resto do crânio, segundo os cientistas. 

Se houver dentes, especialmente os molares, eles podem ser úteis para distinções importantes de cadeias evolutivas de outros humanos primitivos.

Yameng Zhang, paleoantropólogo da Universidade de Shandong, diz que os fósseis de Homo erectus encontrados na China são altamente variáveis, e os pesquisadores não sabem o porquê. 

“Um Homo erectus chinês mais completo, como é o Yunxian 3, será crucial para responder a essa pergunta”, diz.

O fóssil continuará sendo cuidadosamente escavado pelos próximos meses. Enquanto isso, cientistas também coletam amostras do solo ao redor do achado para complementar estudos futuros.

Fonte: Redação Byte
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