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Ban: esforços são insuficientes e Cancún deve conseguir avanço

8 dez 2010 - 21h00
(atualizado em 8/12/2010 às 06h54)
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Claudia Andrade
Direto de Cancún

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse nesta terça-feira (7) que não espera que um acordo que encerre todos os elementos relacionados às mudanças climáticas seja alcançado na 16ª Conferência do Clima (COP-16), realizada em Cancún, no México. Ban cobrou dos 190 países reunidos nesta cúpula dedicada às mudanças no clima progressos em todos os temas que estão sendo negociados.

"Eu não espero que os governos fechem um acordo global aqui em Cancún. Mas precisamos ver progressos em todas as negociações", ressaltou.O secretário indicou os temas que considera "maduros" o suficiente para serem colocados em prática, nas áreas de proteção de florestas, adaptação às mudanças climáticas, tecnologia e financiamento.

"Também precisamos ver progressos nos desafios de redução de emissões, transparência, e também mais clareza a respeito do futuro do Protocolo de Kyoto", apontou o secretário, lembrando que o protocolo é o único instrumento que contém obrigações para os países relacionadas à redução de emissões de gases do efeito estufa.

A natureza "não espera"

Em sua fala para a imprensa, Ban Ki-moon fez um alerta: "Não esqueçamos, a natureza não espera enquanto negociamos. A emissão de gases poluentes continua a crescer e atingir níveis sem precedentes".

O secretário lembrou que em um período de quatro décadas, o planeta terá cerca de 9 bilhões de pessoas. E que, para atender as necessidades dessa população e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões em mais de 50%, como recomendado pelos cientistas, é preciso transformar a economia global. "Não há solução mágica para as mudanças climáticas. Precisamos fazer progressos onde pudermos e continuar avançando na direção certa". "O mundo, particularmente os pobres e vulneráveis, não pode se dar ao luxo de esperar um acordo perfeito", afirmou. "A ação e o movimento em tantas questões quantas forem possíveis deve ser nossa via aqui em Cancún. Todos os países podem e devem fazer mais", acrescentou.

A conferência sobre o clima de 2009, celebrada em Copenhague, devia forjar um acordo para prosseguir e melhorar a luta mundial contra o aquecimento a partir de 2012, quando expira o Protocolo de Kioto. No entanto, terminou com a adoção de um texto não vinculante, negociado na última hora por um punhado de chefes de Estado, que propôs limitar a elevação da temperatura do planeta a dois graus Celsius, sem detalhar os meios para fazê-lo.

Um novo fracasso este ano seria fatal para o processo e os negociadores tentam obter acordos em questões concretas que avancem frente à obtenção de um novo tratado internacional de preferência na próxima conferência, em Durban (África do Sul), ao final de 2011.

Com informações da AFP.

Fonte: Redação Terra
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