Você sabia que o baço é o guardião do sangue e da imunidade?

Explore a importância do baço no corpo humano e descubra o que acontece com a imunidade quando ocorre a retirada desse órgão

18 dez 2025 - 09h03

O baço costuma ser lembrado apenas em exames de imagem. Apesar disso, esse órgão discreto cumpre funções essenciais. Ele atua na filtragem do sangue, na defesa do organismo e no controle de certas células sanguíneas. Portanto, entender o papel do baço ajuda a compreender por que sua retirada exige cuidados permanentes.

Localizado no lado esquerdo do abdômen, abaixo das costelas, o baço se mantém protegido pela caixa torácica. Ele trabalha em silêncio, sem causar sintomas na rotina. Em muitos casos, a pessoa só descobre alterações no baço após um trauma ou um exame de rotina. Ainda assim, sua atuação diária influencia diretamente a imunidade e a qualidade do sangue.

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baço – Reprodução
baço – Reprodução
Foto: Giro 10

Funções principais do baço no corpo humano

O baço funciona como um tipo de filtro biológico. Ele recebe o sangue, remove células velhas e devolve o restante para a circulação. Dessa forma, o órgão ajuda a manter a população de glóbulos vermelhos em níveis adequados. Além disso, ele retém plaquetas e algumas reservas de sangue, que podem ser liberadas em situações específicas.

Outro ponto importante envolve a defesa imunológica. O baço abriga vários tipos de linfócitos e outras células de defesa. Elas reconhecem microrganismos, produzem anticorpos e auxiliam na resposta contra infecções. Assim, o baço atua como um posto avançado do sistema imunológico, em contato constante com o sangue que circula.

Esse órgão também participa do controle de certas bactérias encapsuladas. Entre elas, destacam-se pneumococo, meningococo e Haemophilus influenzae tipo b. Essas bactérias podem causar quadros graves, como pneumonias intensas, meningites e infecções generalizadas. O baço identifica esses agentes com eficiência e contribui para uma resposta rápida do organismo.

Qual a importância do baço para o sangue e a imunidade?

A palavra-chave "importância do baço" se relaciona diretamente à qualidade do sangue. O órgão remove glóbulos vermelhos danificados, restos celulares e pequenas impurezas. Com esse processo, o sangue circula de forma mais organizada. Assim, o organismo aproveita melhor o oxigênio transportado.

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Na imunidade, o baço atua como um grande centro de vigilância. Ele concentra anticorpos, linfócitos B e T, além de macrófagos. Essas células monitoram o sangue que chega, identificam ameaças e iniciam a resposta imune. Em crianças, essa função se torna ainda mais relevante, pois o sistema de defesa ainda está em formação.

Além disso, o baço contribui para a chamada imunidade humoral. Ele participa da produção de anticorpos específicos contra determinados germes. Por isso, pessoas com o baço íntegro costumam responder melhor a algumas infecções. Em muitos casos, o órgão impede a progressão de bactérias invasoras logo no início do processo infeccioso.

baço -depositphotos.com / madrock24
Foto: Giro 10

O que acontece quando o baço é retirado?

A retirada total do baço recebe o nome de esplenectomia. Médicos indicam esse procedimento em situações bem definidas. Entre elas, surgem traumas abdominais graves, rompimento do órgão, algumas doenças do sangue ou tumores. Quando o baço sai, outros órgãos assumem parte das funções, principalmente fígado e linfonodos.

Mesmo assim, a pessoa passa a viver sem um filtro importante do sistema imune. Com isso, o risco de infecções específicas aumenta. O perigo maior envolve bactérias encapsuladas. Em alguns casos, a infecção evolui de forma rápida e pode causar quadros graves, conhecidos como sepse fulminante pós-esplenectomia.

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Para reduzir esse risco, médicos recomendam uma série de medidas preventivas. Entre elas, destacam-se:

  • Vacinação contra pneumococo, meningococo e Haemophilus influenzae tipo b.
  • Refôrço de vacinas contra gripe e outras doenças respiratórias.
  • Uso de antibióticos preventivos em algumas situações específicas.
  • Atenção imediata a febre e sinais de infecção.

Quem não tem, pode levar vida normal?

Em geral, a pessoa sem baço consegue levar vida ativa. No entanto, ela precisa seguir orientações médicas de forma rigorosa. O acompanhamento inclui calendário de vacinas atualizado, exames periódicos e instruções claras sobre sinais de alerta. Dessa forma, o risco de complicações diminui de forma considerável.

Médicos também orientam cuidados extras em viagens internacionais. Algumas regiões apresentam maior incidência de malária e outras doenças graves. Nesses casos, a ausência do baço exige planejamento com antecedência. Profilaxias, repelentes, seguros médicos e acesso rápido a atendimento se tornam pontos essenciais.

Apesar da adaptação possível, a presença do baço oferece vantagens naturais ao organismo. Por isso, profissionais de saúde procuram preservar o órgão sempre que possível. Em traumas, por exemplo, cirurgiões tentam técnicas de reparo, antes de decidir pela retirada total.

Cuidados diários de quem não tem

Após a esplenectomia, a rotina inclui alguns cuidados simples e constantes. A pessoa deve informar a ausência do baço em consultas, internações e atendimentos de emergência. Essa informação direciona o médico para condutas rápidas diante de infecções.

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Além disso, hábitos saudáveis favorecem o sistema imunológico. Alimentação equilibrada, sono adequado e prática regular de atividade física contribuem para uma defesa mais eficiente. O afastamento do tabagismo também ajuda, pois o cigarro prejudica a resposta imune e aumenta o risco de infecções respiratórias.

Em resumo, o baço atua como guardião do sangue e da imunidade. Quando o órgão precisa ser retirado, o corpo se adapta, porém com maior vulnerabilidade a alguns microrganismos. O acompanhamento médico, as vacinas e a atenção aos sinais do corpo tornam-se peças centrais para manter a saúde em dia ao longo dos anos.

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