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8 em cada 10 pets sofrem com barulhos de fogos de artifício, diz pesquisa

Pesquisa revela que fogos de artifício causam medo extremo, fugas e problemas de saúde em pets durante o Ano Novo

22 dez 2025 - 16h09

Ano novo é um período de celebração, roupas brancas, estouro de champanhe. Um pontapé para novos tempos e anseio de que sejam melhores, sinalizados pela queima de fogos de artifício. Mas e se sua virada marcasse devido ao susto, estresse e até pânico logo nos primeiros minutos? É o que ocorre com diversos pets em função da poluição sonora causada por estampidos.

Levantamento mostra que a maioria dos pets têm medo de fogos e muitos sofrem ansiedade, fugas e até acidentes; veja como prevenir
Levantamento mostra que a maioria dos pets têm medo de fogos e muitos sofrem ansiedade, fugas e até acidentes; veja como prevenir
Foto: Reprodução: Canva/smrm1977 / Bons Fluidos

Esta foi a principal conclusão de uma pesquisa promovida pela Petlove, como parte da campanha "Chega de Fogos". Realizado com o público geral e veterinários, o estudo faz parte das ações de conscientização sobre o tema.

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Resultados da pesquisa

De acordo com o levantamento, 84% dos animais têm medo dos rojões. Além disso, 66% dos respondentes afirmaram que seus pets já fugiram ou conhecem algum que fugiu por conta do barulho. Especialistas também notam o cenário preocupante: 54% dos médicos-veterinários indicaram que frequentemente atendem pets com problemas de saúde ou comportamento diretamente relacionado aos fogos em épocas comemorativas; e 24% dos profissionais também disseram atender situações do gênero algumas vezes no ano.

Quais são as consequências?

Os prejuízos não acontecem apenas na noite de ano novo. Em decorrências relacionadas aos estampidos, 91% dos pets que chegam ao consultório veterinário por este motivo manifestaram ansiedade e medo extremo. E mais: cerca de 72% apresentaram taquicardia e sinais de estresse fisiológico; 65% se perderam, fugiram ou sofreram atropelamentos; 48% tiveram comportamento destrutivo, como danificar objetos ou se ferirem; 44% tiveram lesões por traumas, como fraturas e contusões, provocados pela agitação; 40% demonstraram sinais gastrointestinais por estresse, como vômito e diarréia.

Ainda, 64% dos profissionais já observaram casos em que o pavor evoluiu para um transtorno de comportamento crônico. Isto é, para além dos momentos de estouro. A perspectiva dos tutores é semelhante. De acordo com a pesquisa, eles apontam que 73% dos animais se escondem, 66% tremem, 46% ficam desorientados, 42% buscam colo, 38% tentam fugir. Dentre as reações, há também os que choram (27%) e os que latem muito (26%).

Cuidados importantes

Em relação ao cuidado, 87% dos veterinários ressaltaram que costumam prescrever medicamentos, como ansiolíticos, sedativos, suplementos ou tratamentos específicos para o manejo do medo de fogos, sendo que 54% relatam que isso ocorre ocasionalmente e 33% frequentemente. Pedro Risolia, médico-veterinário da Petlove, recomenda algumas medidas para prevenir as adversidades da queima de fogos, como:

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  • Disponibilizar elementos confortáveis no ambiente (como petiscos e brinquedos);
  • Garantir uma ambientação preparada para a situação (com portas e janelas fechadas para evitar fugas e, de preferência, que possam abafar os ruídos);
  • Colocar uma música mais alta para ajudar a mascarar o som;
  • Na ausência do tutor, manter o pet com um responsável de confiança (como amigos, familiares ou até cuidadores especializados).

"Se o pet tem medo ou pânico, é ainda mais importante consultar um profissional que possa checar a necessidade de medicamentos e apontar ações que gerem bem-estar. É comum o pavor e ele não deve ser contido, de maneira alguma, com agressões físicas, gritos, que só pioram a situação. É essencial que o animal não fique sozinho e seja acolhido, de forma a não provocar acidentes", reforça Risolia.

Quais medidas ainda podem acontecer?

De acordo com a pesquisa em questão, 39% do público entrevistado acredita que a soltura de fogos deve ser proibida, enquanto 58,3% acham que devem ser permitidos apenas os silenciosos. No mesmo sentido, 70% afirmam que só deveriam ocorrer fogos sem barulho nas praias e 27,6% são totalmente contra a soltura neste espaço, característico em celebrações. Por fim, 75% dos tutores disseram que já deixaram de levar o pet neste tipo de ambiente no fim de ano por conta da poluição sonora.

Entre os respondentes da classe veterinária, 29% afirmam que a legislação deveria ter mais restrições em relação aos fogos com estampido e 59% são totalmente contra e acreditam na proibição dos rojões com barulho.

*Fonte: FSB Holding

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