'Não sou um monstro', afirma homem que confessou mutilação de cavalo com facão

20 ago 2025 - 10h30

Um jovem de 21 anos, morador de Bananal (SP), é investigado por mutilar um cavalo com um facão. O episódio ocorreu no último sábado (16), durante uma cavalgada na zona rural da cidade. O suspeito, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, afirmou que agiu de forma "embriagada e transtornada" ao cortar duas patas do animal. A declaração foi dada nesta terça-feira (19), em entrevista à Rede Vanguarda.

'Estão me julgando, eu não sou um monstro’, diz homem que confessou ter mutilado cavalo com facão em SP
'Estão me julgando, eu não sou um monstro’, diz homem que confessou ter mutilado cavalo com facão em SP
Foto: Reprodução/TV Vanguarda / Perfil Brasil

O acusado sustenta que o cavalo branco já havia morrido quando a mutilação foi feita. Uma testemunha, ouvida pela Polícia Civil, relatou que o animal deitou no chão após demonstrar cansaço e parou de respirar logo depois.

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"Não foi uma decisão (cortar as patas do cavalo). Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei, por cortar. Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros", disse Andrey.

O cavalo ainda estava vivo?

A versão apresentada pelo investigado será confrontada com as evidências. A polícia suspeita que o animal ainda estivesse vivo no momento da agressão. A legislação brasileira classifica como crime qualquer tipo de maus-tratos a animais, com pena de 3 meses a 1 ano de detenção. Ferimentos, mutilações e abandono estão entre as ações previstas na lei.

Além da brutalidade, outro ponto foi alvo de críticas. O rapaz se mostrou incomodado com a circulação das imagens do cavalo nas redes sociais. "Eu sou consciente dos meus atos. Eu amo os animais, sempre mexi com cavalo. Não tinha necessidade de a pessoa ter jogado isso na rede. Muitas pessoas não mereciam ver esse ato", declarou.

O homem, que afirmou ter o apelido de boiadeiro, contou que vem sendo ameaçado e que a repercussão do caso o assusta. "Muitas pessoas falaram que eu cortei as quatro e com ele andando. Isso é uma crítica contra mim. Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro. Eu não sou um monstro. Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro", explicou.

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Segundo ele, o arrependimento é constante. "Estou totalmente arrependido. Fico cada vez mais arrependido. Escuto muito as músicas da Ana Castela. O Gustavo Tubarão. Só gente que eu gosto. Me sinto arrependido dessa crueldade que eu fiz", concluiu.

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