UE quer Fundo de Paz para comprar armas dos EUA para Ucrânia

Hungria vetou recursos e não assinou declaração de cessar-fogo

29 ago 2025 - 12h04
(atualizado às 13h25)

Depois dos vetos da Hungria, a alta representante de Política Externa da UE, Kaja Kallas, defendeu nesta sexta-feira (29) a aprovação do Fundo Europeu para a Paz para comprar armas americanas de modo prioritário para a Ucrânia. Ao mesmo tempo, a UE publicou uma declaração conjunta com 26 Estados-membros, pedindo à Rússia para aceitar um cessar-fogo e "parar com os assassinatos" no país vizinho.

Kallas defendeu Fundo Europeu de Paz em reunião na Dinamarca
Kallas defendeu Fundo Europeu de Paz em reunião na Dinamarca
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A ação do bloco ocorre um dia após os ataques massivos de Moscou contra Kiev, que danificaram o prédio da delegação da UE na capital ucraniana.

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O Fundo Europeu para a Paz "pode financiar a iniciativa Purl (Prioritised Ukraine Requirements List) da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e desbloquear a situação", afirmou Kallas ao final da reunião informal dos ministros das Relações Exteriores (Gymnich) em Copenhague, referindo-se ao apoio da UE para adquirir armas para a Ucrânia em guerra contra a Rússia, que se prolonga por mais de três anos.

A alta representante europeia também reforçou que houve tentativas de negociações para que a Hungria retirasse seu veto, o que não ocorreu. Assim, 6,6 bilhões de euros para o fundo seguem bloqueados.

"Este financiamento poderia fazer a diferença", acrescentou Kallas, que também apresentou uma declaração assinada por quase todos os seus Estados-membros, com exceção de Budapeste, em que pede o fim da guerra no leste do continente.

"Os recentes ataques da Rússia em Kiev e outras cidades ucranianas representam uma escalada deliberada e minam os esforços de paz", disse ela após o veto húngaro ao texto.

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"A Rússia deve pôr fim aos assassinatos e demonstrar um desejo sincero de paz: ataques intencionais contra civis e alvos não militares são crimes de guerra", diz o comunicado, observando que o bombardeio ocorrido na última quinta (28) danificou os edifícios da delegação da UE em Kiev, além de ter matado 19 pessoas, incluindo menores. 

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