Kremlin diz que silêncio é essencial para qualquer troca de prisioneiros envolvendo repórter dos EUA

28 mar 2024 - 07h51

O Kremlin disse nesta quinta-feira que é necessário silêncio total quando se trata de discussões sobre possíveis trocas de prisioneiros envolvendo Evan Gershkovich, um repórter do Wall Street Journal preso na Rússia há um ano sob suspeita de espionagem.

Gershkovich, 32 anos, tornou-se o primeiro jornalista norte-americano preso sob acusação de espionagem na Rússia desde a Guerra Fria, quando foi detido pelo Serviço Federal de Segurança (FSB) em 29 de março.

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O repórter, o Journal e o governo dos EUA negam que ele seja um espião. A Rússia diz que ele foi pego em flagrante.

Perguntado sobre quando um tribunal ouviria o caso de Gershkovich ou se haveria uma troca de prisioneiros, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres: "Não temos informações sobre o tribunal -- não é nossa prerrogativa".

"Quanto às questões de troca, temos enfatizado repetidamente que há certos contatos, mas eles devem ser realizados em absoluto silêncio", disse Peskov, acrescentando que comentários públicos sobre este tema são um obstáculo.

O FSB, o principal sucessor da KGB da era soviética, disse que Gershkovich estava tentando obter segredos militares.

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Ele já passou quase um ano na prisão de alta segurança de Lefortovo, em Moscou, que está intimamente associada ao FSB, e sua detenção foi prorrogada até 30 de junho.

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