Israel relata lançamento de mísseis do Iêmen e sirenes tocam em Jerusalém

Forças de Defesa israelenses divulgaram uma imagem dos locais onde as sirenes ecoaram

13 jun 2025 - 14h08
(atualizado às 14h46)
Resumo
Sirenes soaram em Jerusalém após mísseis serem disparados do Iêmen, enquanto Israel lançou ataques contra infraestruturas nucleares no Irã, gerando mortes, retaliações iranianas e críticas internacionais, incluindo do governo brasileiro.
A Mesquita de Al-Aqsa e seu pátio na Cidade Velha de Jerusalém Oriental são vistos vazios após o exército israelense lançar ataques preventivos, precisos e coordenados contra o programa nuclear do Irã, em 13 de junho de 2025, em Jerusalém.
A Mesquita de Al-Aqsa e seu pátio na Cidade Velha de Jerusalém Oriental são vistos vazios após o exército israelense lançar ataques preventivos, precisos e coordenados contra o programa nuclear do Irã, em 13 de junho de 2025, em Jerusalém.
Foto: Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

As Forças de Defesa de Israel relataram nesta sexta-feira, 13, que sirenes tocaram em Jerusalém após disparos de mísseis vindos do Iêmen. 

Os militares divulgaram na rede social X uma imagem dos locais onde as sirenes ecoaram. Ainda não há informações se os projetéis foram interceptados. Veja:

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De acordo com a agência de notícias Reuters, as sinagogas em Jerusalém permenecerão fechadas nesta sexta-feira e sábado, 14, após os militares implementarem restrições de emergência devido aos ataques israelenses no Irã. Essa é a primeira vez que as sinagogas não abrem desde a pandemia de covid-19.

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Ataques no Irã

Nesta sexta-feira (noite de quinta no Brasil), Israel lançou ataques em larga escala contra o Irã, dizendo que tinha como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares no início de uma operação prolongada para impedir que Teerã construísse uma arma atômica.

Os ataques deixaram 78 pessoas mortas e 329 feridas na capital Teerã. O balanço dos bombardeios no país, como um todo, no entanto, ainda é incerto.

As Forças de Defesa de Israel também disseram que caças israelenses atacaram a maior instalação de enriquecimento de urânio do Irã na cidade de Natanz. Com os ataques, a área subterrânea da instalação foi danificada. 

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O Irã prometeu uma resposta dura, e Israel disse que estava trabalhando para interceptar cerca de 100 drones lançados em direção ao território israelense em retaliação.

Em uma mensagem televisionada, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, pediu aos iranianos que apoiem seus líderes e disse que uma resposta poderosa "fará com que Israel se arrependa de seu ato insensato".

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O Irã afirmou que vários comandantes de alto escalão e seis cientistas nucleares foram mortos, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major general Mohammad Bagheri, e o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami.

Ao todo, pelo menos 20 comandantes de alto escalão foram mortos, segundo duas fontes regionais. O chefe da força aeroespacial da Guarda Revolucionária, Amir Ali Hajizadeh, também estaria entre eles.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou o público israelense de que eles podem ter que passar longos períodos em abrigos antiaéreos antes de um esperado ataque retaliatório do Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, principal aliado de Israel, sugeriu que o Irã havia provocado o ataque a si mesmo ao resistir a um ultimato dos EUA em negociações para restringir seu programa nuclear. Washington afirmou, no entanto, que não teve participação na operação.

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Brasil critica Israel

O governo federal criticou o ataque aéreo feito por Israel. Em nota pública, o Ministério das Relações Exteriores classificou a ação como "risco para paz, segurança e economia mundial".

"O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional. Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades", disse a pasta. (*Com informações da Reuters e Ansa).

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Fonte: Redação Terra
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