Ataques israelenses deixam quase 80 mortos e mais de 320 feridos em Teerã

Israel lançou ataques em larga escala contra o Irã nesta sexta-feira, 13

13 jun 2025 - 12h38
(atualizado às 13h23)
Resumo
Ataques israelenses em larga escala contra o Irã deixaram 78 mortos, incluindo líderes militares e cientistas, causaram danos a instalações nucleares e geraram condenações internacionais, enquanto o Irã prometeu uma resposta dura.
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Os ataques israelenses contra o Irã deixaram 78 pessoas mortas e 329 feridas na capital Teerã. A informação foi divulgada pela imprensa iraniana na manhã desta sexta-feira, 13. O balanço dos bombardeios no país, como um todo, no entanto, ainda é incerto.

Nesta sexta-feira (noite de quinta no Brasil), Israel lançou ataques em larga escala contra o Irã, dizendo que tinha como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares no início de uma operação prolongada para impedir que Teerã construísse uma arma atômica.

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Bombeiros iranianos trabalham no local de um prédio residencial destruído devido aos ataques israelenses em Teerã, Irã, em 13 de junho de 2025.
Bombeiros iranianos trabalham no local de um prédio residencial destruído devido aos ataques israelenses em Teerã, Irã, em 13 de junho de 2025.
Foto: Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images

As Forças de Defesa de Israel também disseram que caças israelenses atacaram a maior instalação de enriquecimento de urânio do Irã na cidade de Natanz. Com os ataques, a área subterrânea da instalação foi danificada. 

O Irã prometeu uma resposta dura, e Israel disse que estava trabalhando para interceptar cerca de 100 drones lançados em direção ao território israelense em retaliação.

Em uma mensagem televisionada, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, pediu aos iranianos que apoiem seus líderes e disse que uma resposta poderosa "fará com que Israel se arrependa de seu ato insensato".

O Irã afirmou que vários comandantes de alto escalão e seis cientistas nucleares foram mortos, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major general Mohammad Bagheri, e o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami.

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Ao todo, pelo menos 20 comandantes de alto escalão foram mortos, segundo duas fontes regionais. O chefe da força aeroespacial da Guarda Revolucionária, Amir Ali Hajizadeh, também estaria entre eles.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, principal aliado de Israel, sugeriu que o Irã havia provocado o ataque a si mesmo ao resistir a um ultimato dos EUA em negociações para restringir seu programa nuclear. Washington afirmou, no entanto, que não teve participação na operação.

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Brasil critica Israel

O governo federal criticou o ataque aéreo feito por Israel. Em nota pública, o Ministério das Relações Exteriores classificou a ação como "risco para paz, segurança e economia mundial".

"O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional. Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades", disse a pasta. (*Com informações da Reuters e Ansa).

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Fonte: Redação Terra
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