Um general russo morreu após a explosão de uma bomba em um carro em Moscou, segundo informaram autoridades.
O Comitê Investigativo da Rússia afirmou que o tenente-general Fanil Sarvarov morreu na manhã desta segunda-feira (22/11) depois que um artefato explosivo instalado sob um carro foi detonado. Sarvarov, de 56 anos, chefiava o departamento de treinamento operacional das Forças Armadas, acrescentou o órgão.
Segundo o comitê, uma das hipóteses investigadas é a de que a bomba tenha sido plantada com o envolvimento de serviços de inteligência da Ucrânia. A Ucrânia não comentou o caso.
Sarvarov morreu no hospital em decorrência dos ferimentos, informou o comitê, acrescentando que foi aberta uma investigação por homicídio e tráfico ilegal de explosivos.
Investigadores foram enviados ao local, um estacionamento próximo a um prédio residencial no sul da capital russa.
Imagens da área mostram um carro branco gravemente danificado, com as portas arrancadas pela explosão, cercado por outros veículos.
De acordo com a imprensa russa, Sarvarov havia participado anteriormente de operações de combate durante o conflito ossétio-inguche e as guerras da Chechênia, nos anos 1990 e no início dos anos 2000, além de ter comandado operações na Síria entre 2015 e 2016.
O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado imediatamente da morte de Sarvarov, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Desde que a Rússia lançou sua invasão em larga escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, diversos oficiais militares e figuras de alto perfil têm sido alvo de ataques na capital russa.
Darya Dugina, filha de 29 anos de uma importante figura nacionalista e aliada próxima de Putin, foi morta em um suposto atentado a carro-bomba em 2022.
O general Yaroslav Moskalik foi morto em um ataque com carro-bomba em abril do ano passado, enquanto o general Igor Kirillov morreu em dezembro de 2024, quando um artefato escondido em uma scooter foi detonado remotamente.
Posteriormente, uma fonte ucraniana disse à BBC que Kirillov foi morto pelo serviço de segurança da Ucrânia, embora isso nunca tenha sido confirmado oficialmente. Como política, a Ucrânia nunca admite nem reivindica publicamente a autoria de ataques direcionados.