Sem aval do Papa, bispo é sagrado no Rio de Janeiro

Ato, que causou indignação do arcebispo do Rio, deve resultar na excomunhão de dois religiosos

20 mar 2015 - 15h14
El Papa Francisco a su llegada a una audiencia general en la plaza San Pedro en el Vaticano, mar 11 2015. El Papa Francisco dijo en una entrevista publicada el viernes que cree que su pontificado será corto y que estaría listo para renunciar como lo hizo su antecesor en lugar de gobernar de por vida.
El Papa Francisco a su llegada a una audiencia general en la plaza San Pedro en el Vaticano, mar 11 2015. El Papa Francisco dijo en una entrevista publicada el viernes que cree que su pontificado será corto y que estaría listo para renunciar como lo hizo su antecesor en lugar de gobernar de por vida.
Foto: Stefano Rellandini / Reuters

O bispo tradicionalista dom Richard Nelson Williamson ordenou o padre Jean-Michel Foure como novo bispo em cerimônia realizada nesta quinta-feira (19) no mosteiro de Santa Cruz, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", o ato não foi autorizado pelo papa Francisco e deve resultar na excomunhão dos dois religiosos que seguem a corrente tradicionalista da Igreja Católica. Crítico ao atual líder dos católicos, Williamson já foi excomungado da religião em 1988 pelo mesmo motivo. Porém, em 2009, o então papa Bento XVI perdoou o inglês, mas impediu que ele realizasse ordenamentos de padres ou bispos.

Publicidade

Em entrevista ao periódico, Williamson disse não ver problemas na excomunhão porque para ele - ou para Foure - isso não surte em nenhum efeito. O religioso ainda afirma que a Igreja já errou ao excomungar santos e nada irá surpreendê-lo.

Além de não concordarem com a política de abertura da Igreja realizada por Francisco e de não respeitarem os Concílios realizados na década de 1960, os dois seguem a doutrina do arcebispo francês Marcel Lefebvre, morto em 1991, que não aceita mudanças na religião católica.

O ordenamento causou indignação no arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal dom Orani Tempesta e no bispo de Nova Friburgo, dom Edney Gouveia Mattoso. Ambos repudiaram a ação e chamaram o ato de "desobediência". 

Fonte: ANSA
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se