Kerstin Gurtner morreu congelada no pico Grossglockner após ser deixada pelo namorado, Thomas Plamberger, que é acusado de negligência e aguarda julgamento por possíveis erros na condução da escalada.
Foi revelada a última imagem da alpinista austríaca Kerstin Gurtner, de 33 anos, que morreu 'congelada' em janeiro deste ano após ter sido abandonada pelo companheiro, Thomas Plamberger, de 39, durante uma escalada ao pico mais alto da Áustria, o Grossglockner, que possui 3.798 metros de altitude. Thomas é alvo de uma investigação de homicídio.
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Conforme reportado pelo jornal britânico Daily Star, o homem deixou a mulher no local por volta das 2h da manhã do dia 20 de janeiro para buscar ajuda. Pouco antes da ação, Kerstin tirou abaixo, a última da vida dela. Quando os socorristas chegaram ao ponto onde o casal parou, oito horas depois, ela havia morrido congelada.
Investigação
A Justiça austríaca acusa Thomas de ter iniciado a investida ao cume com um atraso de duas horas, apesar das condições extremas: ventos de 74 km/h que fizeram a temperatura despencar de −8 °C para −20 °C. Eles ainda alegam que Kerstin não possuía equipamento adequado para escalada e foi deixada sozinha, "exausta, hipotérmica e desorientada" no frio e na escuridão.
Além disso, não está claro por que o agora réu não efetuou uma ligação de emergência antes do anoitecer. O casal ficou isolado por volta das 20h50, do dia 19. Duas horas depois, um helicóptero da polícia sobrevoou a dupla que, aparentemente, não emitiu nenhum sinal de socorro.
Plamberger também teria colocado o celular no modo silencioso e o guardado. Somente às 3h30 da fatídica noite, ele acionou a polícia — mais de 1h após ter deixado Kerstin sozinha, sem a ter encaminhado a um lugar protegido do frio, sem saco de dormir ou cobertor de alumínio.
O julgamento do réu está marcado para fevereiro. Caso condenado, poderá ser preso por até três anos.