A brasileira Bruna Caroline Ferreira, detida nos EUA por ultrapassar o prazo do visto, foi liberada mediante fiança e continuará respondendo ao processo de deportação; ela é mãe do sobrinho da porta-voz de Trump.
A Justiça de Imigração dos Estados Unidos ordenou a libertação da brasileira Bruna Caroline Ferreira, de 33 anos, mãe do sobrinho da porta-voz do governo de Donald Trump, Karoline Leavitt. A decisão ocorreu nesta segunda-feira, 8, pela juíza Cynthia Goodman. Ela será solta após pagar uma fiança de US$ 1,5 mil, cerca de R$ 8 mil na cotação atual.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
De acordo com o jornal americano The Washington Post, a defesa do governo Trump não se opôs à determinação de pagamento do valor mínimo da fiança e concordou com os argumentos apresentados pelo advogado da brasileira, de que ela não oferecia algum risco à sociedade ou de fuga.
Bruna foi detida pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) no dia 12 de novembro, por permanecer nos Estados Unidos por 26 anos além do prazo permitido pelo visto. Ela foi detida em Revere, Massachusetts, e era mantida no Centro de Processamento do ICE, no sul da Louisiana.
Bruna é mãe de um menino de 11 anos, fruto do relacionamento com Michael Leavitt, irmão de Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca. Segundo o portal WMUR, a criança vive com o pai e a madrasta em New Hampshire desde que nasceu e não tem contato com a mãe desde sua detenção há algumas semanas.
Neste domingo, 7, ela se emocionou em entrevista ao TWP ao contar sobre a última vez que viu o filho. Ela havia deixado a criança na escola e prometeu buscá-lo no fim do dia, mas acabou detida. "A imagem do meu filho me esperando na fila do transporte escolar e não ter ninguém para buscá-lo é algo que não sai da minha cabeça. É muito triste que as coisas tenham acontecido dessa forma”, declarou.
“Ele precisa de mim agora, que eu o coloque na cama e o leve para fazer compras de Natal. Ele não precisa de mim daqui a 20 anos", desabafou sobre o medo de ser deportada e não ver mais o menino.
Agora, mesmo livre, ela seguirá respondendo pelo processo que poderá levá-la à deportação para o Brasil.