"A deflagração" é a manchete do jornal Libération que acredita que por trás da escalada o mundo entra em uma era de destruição. Para o diário, o ataque americano se inscreve nos planos do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para o Oriente Médio: "um projeto de contornos nebulosos, criado sob a explosão de bombas, no silêncio do direito, e onde os civis já não têm importância". O jornal La Croix acredita que com os ataques de domingo (22), Trump está levando o Oriente Médio em direção ao abismo. Cedendo à pressão de Israel, o presidente americano faz uma aposta perigosa que coloca em risco a segurança da região, avalia o diário. Especialistas entrevistados pela reportagem do La Croix afirmam que a escalada no conflito pode até mesmo afetar a ordem mundial. "Uma demonstração de força de Trump", é a manchete do jornal Le Figaro, que avalia que o presidente americano mostra aos adversários que está rompendo com a política de seu antecessor, o democrata Joe Biden, cujo governo o diário classifica de "época de enrolação". Ao mesmo tempo, o líder republicano rompe com sua regra de não interferir em conflitos sem relação com os Estados Unidos, reitera Le Figaro. "Uma nova guerra: e agora?": pergunta o jornal Le Parisien no título de sua matéria principal. Para o diário, a sequência do conflito está agora nas mãos do Irã. Até o momento, a revolta de Teerã era exclusivamente contra Israel, reitera a matéria. No entanto, o pedido do líder supremo iraniano Ali Khamenei para que o regime prepare uma lista de sucessores em caso de sua morte pode ser um mau sinal.
Irã: Lista de sucessores em caso de morte de Ali Khamenei "pode ser um mau sinal"
Os principais jornais franceses repercutem nesta segunda-feira (23) a decisão dos Estados Unidos de atacar três instalações nucleares do Irã na madrugada de domingo (22). Para os diários, a decisão do presidente americano, Donald Trump, leva o conflito entre Tel Aviv e Teerã a uma nova e preocupante dimensão.
23 jun
2025
- 09h18
(atualizado às 09h34)
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