Republicanos pedem que Obama priorize a igualdade de oportunidades

29 jan 2014 - 03h12
(atualizado às 06h57)

A congressista Cathy McMorris Rodgers foi a escolhida pelo Partido Republicano para responder ao Discurso do Estado da União proferido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na noite dessa terça-feira (início da madrugada de quarta no Brasil). Rodgers afirmou que Obama fez promessas que parecem boas, mas que não resolvem de fato os problemas enfrentados pelos americanos, e pediu prioridade para a "igualdade de oportunidades".

De acordo com presidente da Conferência de Republicanos da Câmara dos Representantes, os republicanos querem, assim como o presidente, que o povo tenha uma vida melhor, mas divergem na forma de fazer com que isso aconteça. Segundo Rodgers, o partido está determinado a capacitar as pessoas, e não o governo, cujas políticas estão transformando a vida da população mais difícil.

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Rodgers criticou a insistência do presidente Obama em elevar o salário mínimo, assim como também o fez a congressista Ileana Ros-Lehtinen em uma versão em espanhol da réplica. "O presidente fala muito sobre a igualdade de renda, mas o verdadeiro problema que enfrentamos hoje em dia é a desigualdade de oportunidades", disse Cathy Rodgers. "E com as políticas desta administração, essa desigualdade é muito grande", acrescentou.

A congressista disse que no mês passado, "mais americanos deixaram de procurar emprego do que aqueles que encontraram um", e que em geral "cada vez mais pessoas ficam para trás, porque as políticas do presidente estão tornando a vida mais difícil".

"Os republicanos têm metas para acabar com essa desigualdade. Um plano focado em primeiro lugar nos empregos, sem a necessidade de maiores gastos, sem subsídios do governo e sem regulações", acrescentou.

Quanto ao pedido do presidente para que a reforma migratória seja aprovada este ano, a legisladora concordou que "é hora de honrar com a nossa história de imigração legal". "Nós estamos trabalhando em uma reforma migratória com soluções passo a passo, que primeiro foquem na segurança das fronteiras e que, mais uma vez, nos garantam que os Estados Unidos continuarão atraindo os melhores, os mais brilhantes e os mais trabalhadores do mundo", afirmou.

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Ros-Lehtinen, a líder republicana de origem hispânica da Câmara, mencionou também os trabalhadores qualificados em seu discurso em espanhol, mas não sobre a segurança das fronteiras, como crucial para regulamentar o "sistema falido de imigração com uma solução permanente".

As duas congressistas exemplificaram sua mensagem com suas histórias pessoais, a de Rodgers, que trabalhou com agricultura familiar em Kettle Falls (Washington) para depois ser a primeira de sua família a chegar à universidade, e a de Ros-Lehtinen, uma filha de imigrantes cubanos que se transformou na primeira mulher de origem hispânica no Congresso.

Rodgers mencionou inclusive sua experiência como mãe de uma criança com síndrome de Down para afirmar que "ninguém define os limites dos americanos", mas seu "potencial". Utilizou essa mesma experiência para mostrar que a reforma da saúde de Obama "não está funcionando" e a ideia republicana que cada pessoa "tem o direito de escolher seus cuidados de saúde" e "não o governo".

"Seja uma criança com síndrome de Down ou uma mulher com câncer de mama, é você quem deverá encontrar cobertura e um médico que lhe atenda", disse.

"Temos a esperança de que o presidente se unirá aos nossos esforços e fará deste um ano de ação, dando poder aos americanos, e não tornando sua vida mais difícil com mais desperdício de dinheiro, impostos mais altos, e menos empregos", acrescentou.

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Além dos discursos televisados das republicanas, outros dois congressistas do partido, Rand Paul e Mike Lee, emitiram também respostas ao discurso de Obama, na réplica mais extensa que já foi organizada pelo partido.

Com informações das agências EFE e AP

Fonte: Terra
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