EUA vão revisar mais de 55 milhões de vistos; brasileiros que moram fora podem ser atingidos

Processo é minuncioso e pode demandar tempo para ser concluído, segundo o governo

21 ago 2025 - 21h52
(atualizado às 22h57)
Governo Trump ameaça retirar vistos de quem já vive nos EUA; 55 milhões de pessoas entram na mira
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O governo dos Estados Unidos anunciou que fará uma revisão dos registros de todos os mais de 55 milhões de estrangeiros que possuem vistos válidos no país. A medida, divulgada nesta quinta-feira, 21, pelo Departamento de Estado, busca identificar eventuais violações que possam resultar na revogação do visto ou até mesmo na deportação do titular.

Segundo o órgão à Associated Press, todos os portadores de visto estão sujeitos a uma "verificação contínua" para detectar indícios de irregularidades. Entre os pontos analisados estão permanência irregular após o prazo permitido, envolvimento em atividades criminosas, riscos à segurança pública, participação em ações terroristas ou fornecimento de apoio a organizações classificadas como terroristas.

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Donald Trump, presidente dos EUA, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 11
Donald Trump, presidente dos EUA, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 11
Foto: Yasin Ozturk/Anadolu via Getty Images

O governo norte-americano não detalha o que considera apoio a uma organização terrorista. No entanto, neste ano, já houve casos de estudantes que tiveram o visto revogado após participarem de manifestações em defesa do Estado palestino, sob a alegação de "comportamento antissemita".

Caso sejam encontradas irregularidades, os vistos poderão ser cancelados. Estrangeiros que estiverem em solo americano estarão sujeitos a deportação. Para isso, além das informações fornecidas na solicitação do documento, o Departamento de Estado também usará registros policiais, de imigração e quaisquer dados produzidos após a emissão.

As autoridades admitem que o processo é extenso e pode levar tempo. Mas a medida se soma a uma série de endurecimentos já adotados neste ano pela Casa Branca. Este ano, houve a suspensão temporária do agendamento de entrevistas para vistos estudantis. Quando o serviço foi retomado, em junho, os candidatos passaram a ser obrigados a tornar públicas suas contas em redes sociais para verificação.

Outra novidade é que os solicitantes de vistos para morar ou trabalhar nos EUA também serão avaliados em relação ao "antiamericanismo", com especial atenção ao conteúdo publicado nas redes sociais. Além disso, o custo para a emissão subiu, passando a ultrapassar os R$ 2,3 mil.

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Fonte: Redação Terra
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