A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos derrotou por pouco duas resoluções na quarta-feira buscando conter a agressão do presidente Donald Trump à Venezuela, em meio a especulações generalizadas de que o republicano lançará um ataque ao território do Estado petrolífero sul-americano.
As votações da quarta-feira ocorreram horas antes de Trump se dirigir à nação a partir da Casa Branca. Nesta semana, ele ordenou um "bloqueio" de petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela.
A Câmara, de maioria republicana, votou por 216 a 210 contra uma resolução patrocinada pelo deputado Gregory Meeks, de Nova York, o principal democrata do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, que retiraria as Forças Armadas dos EUA das hostilidades com "qualquer organização terrorista designada presidencialmente no Hemisfério Ocidental", a menos que autorizado pelo Congresso.
Também votou por 213 a 211 para derrotar uma resolução patrocinada por Jim McGovern, de Massachusetts, principal democrata do Comitê de Regras da Câmara, que instruía o presidente a retirar as forças dos EUA das hostilidades com ou contra a Venezuela sem autorização do Congresso.
Ambas as votações foram quase exclusivamente de acordo com as linhas partidárias. Dois republicanos votaram com os democratas a favor da primeira resolução e três apoiaram a segunda. Dois democratas se opuseram à primeira resolução e um votou contra a segunda.
As tropas dos EUA realizaram mais de 20 ataques a supostos barcos com drogas no Caribe e no Pacífico desde o início de setembro, matando mais de 80 pessoas, enquanto Trump intensifica o fortalecimento militar contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O governo Trump está avaliando as opções para combater o que diz ser o papel de Maduro no fornecimento de drogas ilegais que matam norte-americanos. O presidente socialista venezuelano negou ter qualquer ligação com o comércio de drogas.
