A bióloga Aline Lemos, de 28 anos, estava na Galeria Apolo, no Museu do Louvre, em Paris, no exato momento em que o espaço foi invadido por criminosos encapuzados, na manhã deste domingo, 19.
Em entrevista ao Estadão, ela conta que imaginou se tratar de um ataque terrorista. "Eu fiquei com muito medo de ser algum atentado, estarem quebrando a janela pra jogar alguma bomba."
Aline chegou logo cedo ao Louvre e foi direto ver a Mona Lisa, principal atração do museu. Na sequência, entrou no salão de joias da Galeria Apolo por achar o espaço bonito e atraente. "Nem estava no meu roteiro, mas entrei para ver os adornos nas paredes, no teto", diz a brasileira, que realiza seu doutorado na França.
Aline estava filmando esses detalhes no final do salão (veja o vídeo acima) quando começou a ouvir algumas batidas na janela. Por conta de uma cobertura no vidro, a bióloga diz que não era possível enxergar exatamente o que estava acontecendo do lado de fora. "O vidro não quebrou de cara, demorou um pouco", relata.
Na sequência, os visitantes começaram a ouvir outro som ainda mais preocupante. "Quando eles começaram a vir com a motosserra (segundo a polícia, foram esmerilhadeiras angulares), foi o tempo de todo mundo sair da sala e imediatamente a funcionária trancou as portas. Então não deu para ver nem ouvir mais nada", relata a jovem (veja mais abaixo como foi a dinâmica do crime).