O presidente da Argentina, Javier Milei, reagiu nesta terça-feira, 2, à divulgação de gravações atribuídas à sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, acusada de participar de esquema de suborno. Em postagem nas redes sociais, o chefe do Executivo afirmou que há espiões que se disfarçam de jornalistas", em referência a Jorge Rial e Mauro Federico, apontados pela Casa Rosada como responsáveis pela repercussão do caso.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
"A cada momento, a rede ilegal de espionagem da qual um grupo de jornalistas faz parte fica mais clara. Esses espiões que se disfarçam de ‘jornalistas’ querem desviar a atenção da questão real. Eles não estão acima da lei. Acham que podem ficar impunes, mas não ficam. Fim", escreveu Milei.
A cada paso sigue quedando en claro la red de espionaje ilegal de la que un grupo de periodistas ha sido parte.
Estos espías que se disfrazan de "periodistas" quieren desviar la atención del tema real.
No están por encima de la ley. Se creen impunes y no lo son.
— Javier Milei (@JMilei) September 2, 2025
A publicação foi feita citando postagem do presidente da Câmara dos Deputados, Martín Menem, que, minutos antes, havia criticado a circulação de um novo áudio. Segundo Menem, a gravação teria sido feita ilegalmente dentro do Congresso e divulgada por um canal de streaming uruguaio.
No conteúdo revelado, Karina Milei supostamente menciona o deputado: "Martín é quem tem a informação. É preciso estar abaixo de Martín. Eu respeito Martín como líder", diz a voz atribuída à secretária-geral.
Menem também se manifestou sobre a situação, classificando as gravações como parte de uma tentativa de ataque político. "Primeiramente, quero esclarecer que esse áudio, se fosse real, parece ter sido gravado ilegalmente na Presidência da Câmara dos Deputados. [...] A suposta gravação e divulgação ilegal de conversas privadas no exercício de nossas funções públicas é evidentemente uma tentativa deliberada de desestabilizar o processo eleitoral. O trem fantasma não suporta um governo eleito por mandato popular que vai contra seus privilégios e, por isso, recorre a operações ilegais de inteligência e campanhas de difamação", escreveu Menem.