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Vizinha de Bolsonaro no RJ relata perseguição por ser petista: "Difícil e pesado"

"Estou indo votar com a camisa do Lula, com o boné do Lula, com a bandeira do Lula, porque eles não me intimidam", diz Tereza Maria

30 out 2022 - 11h36
(atualizado às 13h23)
Teresa Maria Galvão da Silva em frente ao condomínio Vivendas da Barra
Teresa Maria Galvão da Silva em frente ao condomínio Vivendas da Barra
Foto: Hugo Barbosa/Terra

Em frente à saída do condomínio onde mora com a mãe, o Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e vestida com camisa na cor vermelha e escrito Lula, Teresa Maria Galvão da Silva diz ao Terra que é "perseguida" pelos vizinhos. O condomínio é o mesmo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem casa. 

Ao chegar ao local, a reportagem presenciou Tereza Maria sendo hostilizada por motoristas que saíam do condomínio. "Saí daí" e "Lula ladrão" eram gritos que moradores bradavam de dentro do carro, buzinando. A petista afirma que é muito "difícil e pesado" morar no local, mas que ela não tem medo.

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"Isso aqui é um espaço de ultradireita, eu realmente não tenho medo. Estou indo votar com a camisa do Lula, com o boné do Lula, com a bandeira do Lula, porque eles não me intimidam", diz Tereza Maria.

Segundo a petista, a expectativa dela para este domingo, 30, segundo turno das eleições no País, é o "Brasil voltar a ser feliz". "A expectativa hoje é o amor ganhar o ódio; os livros ganharem as armas", afirma.

"Estou lutando por um Brasil melhor, lutando pelas crianças que passam fome, pelas crianças que não têm mais vacina. Estou lutando pelos desempregados, lutando por todos aqueles que hoje vivem em condição de miséria novamente. Estou com muita esperança. O amor vai vencer o ódio", completa.

O otimismo da moradora parece resistente ao que já viveu no condomínio. Ainda em entrevista, ela conta que, em 2018, mesmo ano em que Bolsonaro foi eleito presidente, sua casa foi atacada pela vizinhança e seu cachorro morreu.

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"Deixei os cachorros com a minha mãe, e um deles era cardíaco. Me telefonaram para avisar que estavam jogando 'cabeça de nego' [bombas sememelhantes às de festas juninas, porém mais fortes] na direção do quarto que eles julgavam que meus cachorros estavam. O meu cachorro, meu bebezinho, que era cardíaco, não resistiu e morreu", lembra, emocionada. "Dentro desse condomínio tem assassino de cachorros para me perseguir. Eu sou a pessoa perseguida aqui dentro".

Bolsonaro votou no começo da manhã

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo, 30, pelo segundo turno das eleições no País. Vestindo uma camiseta amarela escrito "Brasil", Bolsonaro chegou às 7h47 (horário de Brasília) no colégio eleitoral e estava acompanhado de 14 seguranças da Polícia Federal.

No momento da chegada, o chefe do Executivo quebrou protocolo e foi até os eleitores que estavam na fila de votação. Durante a conversa com apoiadores, até recebeu a carta de um simpatizante e abraçou uma mulher que furou a segurança. 

Bolsonaro não concedeu entrevista coletiva para a imprensa, mas fez um rápido pronunciamento dizendo que está confiante na vitória.

"A expectativa é de vitória pelo bem do Brasil e só temos boas notícias e seremos vitoriosos, ou melhor, o Brasil será vitorioso hoje à tarde pelo bem do Brasil", disse o presidente.

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Questionado se aceitaria o resultado do pleito em caso de derrota e sobre o caso da deputada federal Carla Zambelli (PL), que apontou a arma para um homem em São Paulo no sábado, 29, Bolsonaro não respondeu e foi embora. 

"Se Deus quiser, o Brasil será vitorioso nesta tarde", diz Bolsonaro após votar no RJ
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A eleição deste ano chega ao fim neste domingo. Mais de 156 milhões de brasileiros devem ir às urnas para eleger o novo presidente da República: Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como no primeiro turno, o horário de votação é unificado em todo o País. As seções eleitorais abrem às 8h e fecham às 17h (horário de Brasília).

*Com a colaboração da repórter Marcela Coelho.

Fonte: Redação Terra
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