TikTok vira vitrine para negacionismo histórico em 'edits' com linguagem jovem

CONTAS QUE TRANSFORMAM DITADORES EM 'INFLUENCERS' ACUMULAM MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES NA ARGENTINA, BRASIL, CHILE E URUGUAI; ESPECIALISTAS APONTAM QUE FENÔMENO TEM RELAÇÃO COM FORMA QUE AS SOCIEDADES LIDAM COM MEMÓRIA

10 dez 2025 - 05h45

Enquanto Argentina, Brasil, Chile e Uruguai somam décadas de redemocratização, um movimento na contramão avança pelas redes sociais. Perfis do TikTok que somam mais de 10 milhões de visualizações tentam transformar algozes das ditaduras militares do Cone Sul em personagens heroicos.

Perfis do TikTok tentam transformar algozes das ditaduras militares do Cone Sul em personagens heroicos
Perfis do TikTok tentam transformar algozes das ditaduras militares do Cone Sul em personagens heroicos
Foto: Reprodução/TikTok / Estadão

Em menos de um minuto, o consenso consolidado por historiadores da América Latina é relativizado por "edits". São vídeos curtos, com efeitos de estética pop e músicas que estão em alta nas redes sociais. Geralmente, esses conteúdos têm como objetivo exaltar uma personalidade, como personagens, jogadores de futebol, cantores, dentre outros. Aqui, os "influenciadores" são generais e presidentes autoritários dos regimes militares.

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