MP-SP apura suposto esquema de rachadinha na equipe do vereador Adrilles Jorge 

Ex-funcionários de gabinete dizem que eram obrigados a devolver parte do salário ao chefe de gabinete, que foi afastado

14 out 2025 - 14h56
(atualizado às 14h58)
Resumo
MP-SP investiga denúncia de rachadinha no gabinete do vereador Adrilles Jorge, envolvendo devolução de salário a chefe afastado, enquanto o vereador nega práticas ilícitas e promete cooperar com a apuração.
Chefe do gabinete do vereador Arilles Jorge (foto) foi exonerado do cargo, suspeito de rachadinha
Chefe do gabinete do vereador Arilles Jorge (foto) foi exonerado do cargo, suspeito de rachadinha
Foto: Reprodução/Rede Câmara

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apura denúncias de um suposto esquema de rachadinha no gabinete do vereador de São Paulo Adrilles Jorge (União Brasil) na Câmara Municipal.

De acordo com a denúncia, divulgada pela TV Record, ex-assessores do vereador disseram que eram obrigados a devolver R$ 1.500 por mês de seus salários, que recebiam da Câmara Municipal, para o chefe de gabinete Célio Rodrigues. Eles faziam o pagamento para continuarem em seus cargos comissionados.

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Em nota, o MP-SP informou que o caso está sendo apurado sob sigilo, e que as diligências estão sendo realizadas para investigar a denúncia. Atuais funcionários e ex-funcionários do gabinete de Adrilles devem ser ouvidos pelos promotores.

A equipe do vereador Adrilles Jorge, em comunicado, afirma que a denúncia é uma iniciativa de dois ex-funcionários de seu gabinete, que foram exonerados há meses pelo próprio vereador, “por questões éticas”.

“Além de demonstrarem desconformidade com os propósitos e com a conduta do mandato, passaram, de uns tempos para cá, a perseguir, assediar, chantagear, ameaçar o vereador e, até mesmo, a fazer gravações do dia a dia do Gabinete - lançando mão de 'expediente indiscutivelmente absurdo e criminoso'”, diz o comunicado.

O parlamentar ainda reforçou que abomina práticas ilícitas e “assegura que nenhum ato ilícito (o que abomina veementemente) foi praticado em seu Gabinete - não com seu conhecimento e/ou consentimento; e se, eventualmente, ficar comprovado algo de ilegal, providências serão tomadas também pelo parlamentar.”

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Até que as investigações sejam concluídas, o chefe do gabinete foi afastado da função. “De toda maneira, e até que as investigações sejam concluídas, o chefe de Gabinete acusado pelos ex-servidores de prática imoral foi afastado do Gabinete, não fazendo, assim, mais parte do quadro de colaboradores”, declarou Adrilles.

“Qualquer acusação que venha a desonrar a pessoa física e o mandato do vereador, sem nenhuma comprovação legal, poderá resultar em providências jurídicas, estando os autores das ilações passíveis de sanções legais”, completou.

Segundo a TV Record, Adrilles tem cerca de 20 funcionários pagos com verba da Câmara Municipal em seu gabinete. O vereador informou à TV que o dinheiro foi recolhido como forma de empréstimo, para pagar os custos de instalação de um ar-condicionado na sala que ocupa no Palácio Anchieta, sede do Legislativo Paulistano, no centro de São Paulo.

Fonte: Portal Terra
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