Os atos e as falas do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), durante o desfile cívico militar e depois no discurso que fez em um trio elétrico em Brasília sugerem que houve abuso de poder e desvio de finalidade nos atos referente às comemorações do Bicentenário da Independência. A avaliação é de advogados especialistas em direito eleitoral ouvidos pela Reuters.
O candidato à reeleição também deu entrevista à estatal TV Brasil, na qual mesclou as comemorações do 7 de Setembro com uma lista de iniciativas do governo que ele explora na campanha.
Uma medida legal contra eventual exagero poderá ser provocada perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo Ministério Público Eleitoral ou por coligações adversárias. Por ora, a área jurídica da campanha do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda avalia se vai tomar alguma providência.
1 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
2 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
3 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
4 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
5 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
6 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
7 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
8 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
9 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
10 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
11 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
12 de 23
Veja imagens das manifestações do 7 de setembro pelo País
Foto: Estadão
13 de 23
Apoiadores de Bolsonaro fazem churrasco em manifestação na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Foto: Gabriel Bastos Mello/Onzex Press e Imagens
14 de 23
Manifestantes levam faixa com tradução em inglês com críticas a Lula e exaltação de Bolsonaro
Foto: Wilton Junior
15 de 23
Muitas bandeiras em manifestação de apoiadores de Bolsonaro em Copacabana
Foto: Bruno Kaiuca/Zimel Press
16 de 23
Bolsonaro foi aplaudido pelos apoiadores em ator em Brasília
Foto: Leo Bahia/FotoArena
17 de 23
Manifestantes levam cartaz contra o STF em ato em Belém, no Pará
Foto: Oswaldo Forte/FotoArena
18 de 23
Apoiadores de Bolsonaro levam cartazes contra jornalistas em ato no Rio de Janeiro
Foto: Gabriel Bastos Mello/Onzex Press e Imagens
19 de 23
Movimentação de apoiadores do presidente Bolsonaro na Avenida Paulista em São Paulo (SP) nesta quarta-feira
Foto: Futura Press
20 de 23
Apoiadores fazem 'jetskiata' em Copacabana
Foto: Reuters
21 de 23
Orla de Copacabana durante o 7 de Setembro
Foto: Reuters
22 de 23
O presidente Jair Bolsonaro chega em Copacabana no Rio de Janeiro
Foto: Wallace Silva
23 de 23
Manifestantes ironizam ministros do STF durante ato pró-Bolsonaro em Copacabana, no Rio de Janeiro
Foto: Estadão
Avaliação de advogados
Para o advogado Neomar Filho, as falas de Bolsonaro durante a comemoração sugerem um desvio de finalidade do que deveria ser um discurso do presidente. Segundo ele, o candidato usou o cargo e um evento oficial, com transmissão e repercussão na imprensa, inclusive pela televisão oficial, para propagar estados mentais e emocionais nos cidadãos que direcionem ao processo eleitoral deste ano, fazendo referência a atos de sua gestão e convocando a população às urnas.
"Se provocada, a Justiça Eleitoral poderá instaurar um processo de investigação judicial para apurar se houve abuso de poder, e, com isso, decidir se o candidato deve ou não sofrer consequências em seu registro de candidatura, sem prejuízo de denúncia, perante o Congresso Nacional, de eventuais crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República durante a comemoração do 7 de setembro", disse o especialista.
Publicidade
Em Brasília, Bolsonaro beija Michelle e puxa coro de "imbrochável"
Video Player
O advogado Renato Ribeiro de Almeida, especialista em direito eleitoral e doutor em direito do Estado pela Universidade de São Paulo, afirmou que "lamentavelmente" atos que deveriam ser cívico-militares estão sendo usados pelo presidente como atos políticos. "Isso, claramente, afronta a legislação eleitoral, no sentido de abuso do poder político, porque ele faz palanque eleitoral com a situação que a rigor não poderia ser feita", disse.
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.