Um dos suspeitos de matar ex-delegado passou por ala de presídio ligada ao PCC, afirma promotor

O ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz, foi assassinado em Praia Grande e teve o corpo velado nesta terça-feira, 16

16 set 2025 - 19h42
(atualizado às 20h50)
Suspeito de matar ex-delegado Ruy Ferraz passou por ala de presídio ligada ao PCC, diz promotor
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Um dos suspeitos de matar o ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz, passou pela ala de um presídio ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), afirmou o promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, ao jornal Folha de S. Paulo. Até essa terça-feira, 16, um dia após o assassinato em Praia Grande, dois suspeitos foram identificados e as prisões temporárias foram solicitadas.

A declaração foi dada pelo promotor Lincoln Gakiya. Segundo ele, por mais que haja uma possível ligação do suspeito com o PCC, ainda não é possível confirmar que o crime foi executado pelo grupo criminoso. Conforme aponta, não se descarta a possibilidade de a execução ter sido praticada por outro tipo de organização criminosa – como “ligada a contratos públicos de que por ventura o doutor Ruy tenha participado em Praia Grande”, exemplificou.

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Imagens mostram cortejo do ex-delegado Ruy Ferraz executado em Praia Grande
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A identificação dos dois suspeitos de envolvimento na emboscada foi confirmada nesta manhã pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Durante conversa com a imprensa na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorreu o velório do ex-delegado, ele citou que um deles já foi preso várias vezes por roubo e tráfico.

Até o momento, as autoridades policiais não divulgaram as identidades dos suspeitos. 

Novo ângulo mostra ação de criminosos em execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
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Mais sobre o assassinato

Imagens de segurança registraram o momento do assassinato de Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite de segunda-feira, 15. Ele aparece pilotando seu carro em alta velocidade, até que ele entra em um cruzamento e é atingido por um ônibus. Seu carro capota e os criminosos, que estavam em um carro atrás, vão até ele carregando fuzis. Ruy foi morto a tiros. 

A morte de Ruy Ferraz Fontes segue sendo investigada. O procurador de Justiça Márcio Christino afirma ter sido a última pessoa a conversar com Ruy por telefone, antes da emboscada. Segundo ele, o ex-delegado estava na prefeitura de Praia Grande, saiu do edifício e foi seguido pelos criminosos.

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Ruy Ferraz Fontes teve uma carreira de mais de 40 anos como delegado e era conhecido por sua atuação contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). No momento, ocupava o cargo de secretário de Administração Pública de Praia Grande.

Corpo de Ruy Ferraz Fontes foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Corpo de Ruy Ferraz Fontes foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Foto: Werther Santana/Estadao / Estadão

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Portal Terra
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