Um vendedor senegalês foi morto por um policial após um tumulto no Brás, centro de São Paulo, gerando protestos e tensão na região. O PM foi afastado, e o caso está sob investigação do DHPP.
Um vendedor ambulante senegalês de 34 anos morreu na tarde desta sexta-feira, 11, após ser atingido por um disparo de arma de fogo feito por um policial militar na região do Brás, centro de São Paulo. O episódio aconteceu na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Rangel Pestana, em frente ao Largo da Concórdia, área conhecida pelo intenso comércio popular.
Conforme apurado pelo Estadão, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que o ambulante, identificado como Ngange Mbaye, teria agredido o policial com uma barra de ferro durante um tumulto. Em resposta, o agente atirou contra ele. Mbaye foi socorrido e levado à Santa Casa, também na região central, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A SSP-SP informou que o policial envolvido na ação foi afastado de suas atividades operacionais e entregou sua arma, que será periciada. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar a conduta do agente.
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O caso foi registrado no 8.º Distrito Policial do Brás como tentativa de homicídio (atribuição ao senegalês) e morte decorrente de intervenção policial (do lado do PM). A investigação será conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. A barra de ferro usada por Mbaye, de acordo com o boletim, também foi apreendida.
Após o disparo, colegas de trabalho do vendedor organizaram um protesto nas imediações do local. O clima foi de tensão no início da noite, com a presença de manifestantes e reforço policial na região.
O Terra busca posicionamento da SSP-SP para maiores detalhes.
