Sargento Jorge Martins, do Bope, relembrou a intensa troca de tiros durante megaoperação no Rio, onde ele e mais três policiais foram baleados; ao todo, 15 agentes foram feridos e 4 morreram.
Ferido durante a megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro na semana passada, o sargento Jorge Martins relembrou à TV Globo os momentos de tensão que viveu. Segundo ele, “foram muitos tiros” e uma rajada disparada por traficantes acabou atingindo quatro policiais de uma só vez, incluindo ele. Quinze policiais ficaram feridos na ação, e outros quatro agentes morreram.
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Com 25 anos de carreira na Polícia Militar e 15 deles dedicados ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o sargento Martins integrou o grupo de elite mobilizado para formar o “Muro do Bope”, estratégia usada para encurralar os traficantes na Serra da Misericórdia. “No momento que eu fui baleado, outros 3 foram baleados junto comigo”, afirmou.
De acordo com Martins, a principal preocupação dos agentes era proteger a parte superior do corpo. “Nós estávamos praticamente um do lado do outro. A gente até usou o abrigo, que eram as pedras, mas, como eram muitos tiros, a gente priorizava o tórax e a cabeça”, explicou.
Até o momento, seis agentes permanecem internados.“Infelizmente a gente não conseguiu proteger as pernas, então os tiros pegaram na minha perna e nas de outros 2 colegas”, relatou Martins. O quarto policial foi atingido no ombro. “Mas graças a Deus eles estão bem também.”
Nesta quarta-feira, o sargento acompanhou um treinamento do Comando de Operações Especiais (COE), ao qual o Bope é subordinado, voltado ao resgate de policiais feridos em confronto.
