Se a pergunta é o que um drone ucraniano está fazendo a 2.000 km de casa, a resposta é simples: levando a guerra para o Mediterrâneo

O Mediterrâneo surge subitamente como um potencial cenário de confronto

29 dez 2025 - 14h09
(atualizado às 15h45)
Foto: Xataka

Durante meses, a chamada "guerra dos petroleiros" entre a Ucrânia e a Rússia permaneceu confinada a uma área relativamente limitada: o Mar Negro e seus pontos de acesso imediatos. Ali, ataques navais e aéreos com drones contra navios ligados a Moscou tornaram-se uma extensão lógica do conflito, uma maneira indireta, porém eficaz, de prejudicar as receitas energéticas russas sem confrontar diretamente seus navios de guerra. Até agora.

Uma linha invisível

Tudo mudou radicalmente com o ataque ao petroleiro Qendil em pleno Mediterrâneo, representando um salto qualitativo sem precedentes. Não apenas pela distância (mais de 2.000 quilômetros do território ucraniano), mas também porque demonstra que Kiev está preparada para levar essa campanha muito além do teatro de operações tradicional, desafiando a noção de que as rotas marítimas europeias estariam a salvo de guerras.

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A frota fantasma

O Qendil, um petroleiro de bandeira omanita construído em 2006, não foi escolhido ao acaso. Antes de seguir para a Índia, o navio partiu do porto russo de Novorossiysk, um importante ponto de escoamento do petróleo russo para o mercado global. Tanto a União Europeia, quanto o Reino Unido o consideram parte da chamada "frota paralela", a rede de embarcações que a Rússia utiliza para burlar as sanções por meio de mudanças de bandeira, estruturas de propriedade opacas e rotas planejadas para ocultar a responsabilidade legal.

Para a Ucrânia, esses navios não são meros ativos comerciais, mas uma extensão ...

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