Às vezes, a história do motociclismo é uma estrada repleta de gigantes, motos que dominam as vendas e definem eras. E entre elas, quase escondidas, estão máquinas que nunca tiveram a chance de brilhar.
A Yamaha SDR foi uma delas: uma esportiva minimalista em tempos de excessos, uma motocicleta que queria ir contra a corrente justamente quando o mercado japonês estava obcecado por números exorbitantes e especificações técnicas intermináveis.
A ultraleve rebelde que o Japão não soube apreciar
Em 1987, a Yamaha decidiu lançar algo em seu mercado doméstico que soava como heresia na época: uma esportiva ultraleve de 195 cc, dois tempos, com 34 cv e um chassi multitubular que parecia ter saído de uma motocicleta artesanal. Chamaram-na de SDR, abreviação de "Super Design Racing", um nome que deixava claro que não se tratava de competir com superbikes, mas sim de quebrar paradigmas.
O Japão estava repleto de motos esportivas de 250cc e 400cc, compradas tanto por prazer, quanto por necessidade: eram mais baratas, ofereciam vantagens fiscais e, acima de tudo, exigiam uma carteira de habilitação muito mais acessível do que as motocicletas de maior cilindrada. A Yamaha viu uma oportunidade de oferecer algo diferente: uma moto esportiva leve, ágil e altamente personalizável. Uma motocicleta projetada para a experiência de pilotagem, e não para números de dinamômetro.
O resultado foi uma motocicleta minimalista em todos os sentidos, exceto em seu caráter. O chassi multitubular, uma raridade ...
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