Parecia que já tínhamos visto de tudo na guerra aerodinâmica das motocicletas: asas que fariam um engenheiro de Fórmula 1 sorrir, aletas sob a balança traseira e carenagens que levam o efeito solo ao limite. Mas a Yamaha decidiu olhar onde ninguém mais está olhando: na parte mais negligenciada da moto, o escapamento.
E, de acordo com diversas patentes publicadas no Japão, a ideia é tão simples quanto insana: usar os gases de escape como um jato direcionado para controlar a motocicleta.
O impulso invisível: usar os gases do motor para controlar a moto em plena curva
As patentes mostram um sistema de tubos e válvulas que redirecionam o fluxo dependendo da situação. A marca não busca silenciar nada, nem refinar as emissões: quer transformar o escapamento do motor em outra ferramenta dinâmica, algo como um mini-propelente que fornece impulso onde é necessário.
A primeira aplicação teria como alvo um dos maiores inimigos da aceleração moderna: o wheelie. Em vez de depender exclusivamente da eletrônica, a Yamaha projetou um sistema de escapamento dividido: um tubo principal (o padrão) e um segundo tubo, muito mais estreito, posicionado na parte superior. Se a roda dianteira começar a perder tração, uma válvula desvia os gases de escape para o tubo mais estreito.
Ao estreitar a saída, a pressão aumenta. Direcionando-a para cima, essa pressão empurra a traseira para baixo. O resultado: a roda dianteira retorna ao solo sem a necessidade de reduzir significativamente a potência do motor.
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