Mitsubishi Triton 2026 mostra marcante evolução e parece picape grande

Picape da Mitsubishi confirmou seus atributos de robustez e desempenho tanto no asfalto quanto fora de estrada

10 dez 2025 - 23h53
(atualizado em 11/12/2025 às 06h04)

O mercado está cada vez mais disputado neste segmento de picapes médias caras e grande variedade de marcas e modelos. Mitsubishi já tinha a L200, um produto respeitado, contudo sem alguns recursos que outras ofereciam, além de um desenho que pouco evoluiu ao longo dos anos. A Triton 2026, lançada no começo do ano, mudou esse quadro. Carroceria chama atenção, em especial a versão topo de linha avaliada, Katana, que à primeira vista parece ter porte de picape grande.

Mitsubishi Triton Savana 2026
Mitsubishi Triton Savana 2026
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Na realidade, suas dimensões são quase iguais à líder Hilux, inclusive altura e ângulo de entrada coincidentes. Comprimento, 5.360 mm; entre-eixos, 3.130 mm, largura, 1.930 mm; altura, 1.815 mm; ângulo de entrada, 29°; ângulo de saída, 23°; altura livre do solo, 222 mm. Chassi e carroceria novos nesta sexta geração demonstram nítida evolução em relação à anterior, lançada em 2016. Motor Diesel, agora biturbo, de 2,4 L também ganhou potência e torque: 205 cv (mais 15 cv) e 47,9 kgf·m (mais 4 kgf·m). Câmbio automático, seis marchas.

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Grade retangular avantajada, faróis bipartidos (LED), arco de proteção bem desenhado e lanternas traseiras volumosas (LED) chamam atenção. A cor preta no lugar de cromados tradicionais também ajuda no visual desta versão topo de linha. No interior, materiais são de boa qualidade, mas multimídia tem tela de apenas 9 pol. embora com espelhamento sem fio e GPS. Há alguns botões físicos iguais aos utilizados na Nissan Frontier, marca do mesmo grupo.

A picape confirmou seus atributos de robustez e desempenho tanto no asfalto quanto fora de estrada. Mesmo em subidas mais íngremes, pisos escorregadios e trechos com erosão mostrou reações previsíveis. O controle de tração foi aperfeiçoado e em conjunto com o HDC (sigla em inglês para Controle de Descidas) transmite segurança para quem aprecia explorar ou precisa rodar nessas circunstâncias. Assistência elétrica da direção chegou em boa hora, em especial para viagens longas e manobras de estacionamento. As suspensões melhoraram e suportam pisos irregulares sem levar a intervenções frequentes no volante. Preço: R$ 338.990.

Mitsubishi Triton Katana 2026
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Vendas acumuladas até novembro aproximaram-se da estagnação

Ao longo de 2025, as previsões de um ano razoavelmente forte na comercialização de veículos leves e pesados foram se esvaziando, tanto nas avaliações da Anfavea quanto da Fenabrave. Não chegou a apontar uma surpresa, pois a economia aquecida sem a devida cautela levou à subida da inflação e dos juros. Estes continuam em patamares altos e só devem começar a recuar no primeiro trimestre de 2026.

Fato que novembro teve quatro dias úteis a menos que outubro. Contudo, nos 11 primeiros meses deste ano o acumulado nas vendas de automóveis, comerciais leves e pesados atingiu 2,410 milhões de unidades, alta de apenas de 1,4%. Veículos leves, especificamente, cresceram só um pouco mais, 1,8%. Quantos aos importados, o resultado foi um pouco melhor no acumulado do ano: 7,6%. Se comparado com outubro as vendas de veículos do exterior se retraíram 10%.

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As previsões do começo de 2025 não se confirmaram. Agora em dezembro o ritmo pode se recuperar, mas sem salvar o ano. A Fenabrave se aproximou com maior precisão em termos de previsões por conseguir respostas imediatas das concessionárias afiliadas. Anfavea admitiu que o programa Carro Sustentável ajudou muito. De fato, houve um aumento de 14,5% dos modelos elegíveis.

Para Igor Calvet, presidente da Anfavea, a crise de fornecimento de chips já amainou e o Marco de Garantias que, um dia, pode levar a taxas de financiamentos menores, quase não avançou.

Pelo segundo mês consecutivo os veículos elétricos mostraram curva de vendas descendente. Há impressão de que já está perto do arrefecer o movimento natural dos early adopters, expressão em inglês para identificar consumidores abertos a adotar ou experimentar novas tecnologias ou produtos. A escalada deverá continuar, contudo o ritmo é difícil de prever. Mesmo fenômeno acontece no exterior. Na China, por exemplo, maior mercado do mundo para eletrificados, os híbridos plugáveis e elétricos de alcance estendido (alguns os identificam como híbridos em série, termo inadequado) têm avançado na preferência dos consumidores locais.

No mercado brasileiro, a repartição entre as diferentes possibilidades, no acumulado dos primeiros 11 meses do ano, é a seguinte: gasolina, 4,6%; elétrico, 3%; híbrido, 4,2%; híbrido plugável, 3,6%; diesel, 10%; flex, 74,6%.

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Marcas da Stellantis terão mais modelos híbridos em 2026

No total haverá 16 lançamentos sob a égide da Stellantis no próximo ano, particularmente importante para a Fiat. Além de comemorar meio século de produção em Betim (MG), a marca italiana terá um produto inteiramente novo, não revelado obviamente. As apostas concentram-se na versão nacional do Grande Panda, já à venda na Europa.

O conglomerado vai ampliar bastante a sua oferta de híbridos com seis veículos divididos entre as cinco marcas. A Leapmotor, sócia de origem chinesa da Stellantis, também terá produção nacional, contudo em menor escala, no regime SKD (semidesmontado) ou CKD (totalmente desmontado), a se anunciar em breve.

Segundo Herlander Zola, presidente da Stellantis América do Sul, o polo automobilístico de Goiana (PE) terá quatro novidades todos com o sistema híbrido básico/semi-híbrido (MHEV, na sigla em inglês). Porém, a produção dos modelos chineses só se iniciaria no final de 2026. Os outros dois MHEV estão reservados para Betim (MG) e Porto Real (RJ). O novo SUV compacto para a fábrica fluminense, o Avenger, deverá ser um híbrido básico.

O conglomerado franco-ítalo-americano também tem no radar a oferta de um híbrido pleno (como a Toyota já oferece). Todavia ainda não sinalizou em que modelo vai estrear, em qual de suas três fábricas brasileiras ou mesmo da Argentina, onde estão duas outras unidades fabris (Buenos Aires e Córdoba), nem o ano do lançamento.

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Lamborghini Temerario: superesportivo audacioso até no nome

Se você já ouviu falar que os automóveis modernos, especialmente os híbridos, estão ficando cada vez mais complexos, tem toda e absoluta razão. Um exemplo é o novo modelo superesporte da Lamborghini, o Temerario. Chega ao Brasil como sucessor do Huracán e entrega nada menos que 920 cv combinados entre 9.000 e 9.750 rpm e 74,5 kgf·m. Para acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,7 s e alcançar velocidade máxima de 343 km/h, o interessado deve desembolsar a partir de R$ 5,8 milhões, segundo o importador paulistano oficial Via Itália.

Seu estilo arrebatador vai desde a frente em acentuada cunha, faróis estreitos, DRL estilosas, rodas bem elaboradas em preto e até uma traseira que deixa visível parte das rodas quando vistas de trás. Aerofólio fixo é até discreto, assim como as saídas de escapamento. O carro da apresentação tinha pintura fosca. No interior, motorista se sente como piloto e manteve a tradição do seu icônico botão de partida, além da opção por bancos-concha.

Mais complexo é o trem de força: três motores elétricos com 150 cv cada, sendo que dois deles acionam o eixo dianteiro por demanda e garantem tração 4x4. Cada motor elétrico pesa apenas 15,5 kg. Diferentemente dos sistemas convencionais, a nova vetorização de torque atua nos freios apenas quando necessário para garantir um comportamento de condução mais natural e nível de desempenho ainda maior. Durante as frenagens, o eixo dianteiro elétrico e o motor elétrico traseiro contribuem para a desaceleração. Além de reduzir o esforço sobre os freios, ajudam a recarregar a bateria.

Espaço interno aumentou e acomoda motorista e acompanhante de até dois metros de altura (chega em boa hora para as novas gerações). Oferece 13 experiências de condução e pela primeira um pacote de alívio de peso de até 25 kg.

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