Cuidado com a bike é fundamental para bom resultado no triatlo: ‘Se a garrafinha cair, acabou’

Antes de pedalar 90km, competidores investem tempo e dinheiro em ajustes para não ter nenhum imprevisto durante o desafio

26 out 2025 - 05h59
Profissional faz ajustes em bicicleta antes do Ironman 70.3, em Florianópolis (SC)
Profissional faz ajustes em bicicleta antes do Ironman 70.3, em Florianópolis (SC)
Foto: Éros Mendes/Redação Terra

No triatlo, o ciclismo é sinônimo de apreensão. Antes mesmo de subir na bike, os atletas já demonstram cuidado redobrado, contratando serviços especializados para transportar o equipamento até a cidade da prova.

Na etapa do Ironman 70.3 de Florianópolis deste domingo, 26, por exemplo, o transporte das bicicletas de São Paulo para a capital catarinense custava cerca de R$ 1.800. O valor era cobrado por uma das empresas parceiras do evento, segundo apuração do Terra. 

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Assim que as bikes chegam ao destino final, os competidores as resgatam para fazer os últimos ajustes e consertos necessários. 

Cleiton Germano, de 45 anos, é um atleta amador, natural de Santo André, no ABC paulista, que já disputou cerca de 20 provas desde que começou a competir no triatlo, em 2022. Para ele, é fundamental estar atento a todos os detalhes da bike, desde o compartimento destinado à garrafa de hidratação, passando pela estratégia de reposição de líquidos e a certificação de segurança para os pneus não furarem. Para ele, qualquer falha nesses pontos pode ser determinante para o desempenho na prova.

“Se uma garrafinha cair, acabou com a sua prova. O gel de carboidrato também é uma preocupação. Tenho problema de estômago, se o meu gel cair e eu tiver que ingerir o que é disponibilizado pela organização, de uma outra marca que não estou acostumado, posso ter dor de barriga. Então, é um gerenciamento de risco”, explicou.

Na sequência, fez outro alerta. “Quem usa câmbio automático tem que checar se está tudo carregado, para não ter nenhuma surpresa e também prestar atenção nos pneus. Eu nem fiz treinos aqui em Floripa por receio de furar, já que uso um pneu com uma câmara difícil de encontrar”, acrescentou.

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Cleiton Germano
Foto: Éros Mendes/Redação Terra

Dayson Gomes, mecânico especializado em consertos de bicicletas profissionais de triatlo, já não fazia ideia de quantos reparos havia feito na véspera do desafio. “Muitos. Eles se preocupam com tudo. A bicicleta pode estragar a prova”, disse rapidamente à reportagem, antes de fazer a pausa para uma refeição rápida e depois seguir novamente para o trabalho. 

Ao todo, com as bicicletas nos trinques, os 1.800 triatletas, entre profissionais e amadores, que irão participar do Ironman 70.3 terão que pedalar por 90 km em um percurso nos arredores da Praia dos Ingleses, no norte da ilha. Além disso, a competição combina também 1,9 km de natação e 21,1 km de corrida. 

O desafio garante vagas para o Mundial da modalidade em 2026, em Nice na França, e oferece premiação em dinheiro aos oito primeiros colocados da elite.

A etapa terá transmissão ao vivo do Terra no portal e cobertura in loco, com notícias sobre os resultados, bastidores e histórias curiosas sobre a competição.

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Fonte: Portal Terra
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