O CEO da WSL na América Latina destacou a escolha da Praia d'Ulé, em Guarapari (ES), para a 4ª etapa do Circuito Banco do Brasil de surfe de 2025, ressaltando sua tradição, estrutura para receber eventos internacionais e potencial para revelar novos talentos do surfe.
A Praia d'Ulé, em Guarapari (ES), está nos últimos preparativos para entrar de vez na história do surfe mundial. A partir desta quinta-feira, 20, o litoral capixaba receberá, pela primeira vez, uma etapa do Qualifying Series (QS) da WSL. Ao Terra, Ivan Martinho, CEO da WSL na América Latina, exaltou o pico escolhido para sediar a 4ª etapa do Circuito Banco do Brasil de surfe de 2025
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"O Espírito Santo tem muita referência e tradição no surfe, atletas que competem conosco e outros que sempre quiseram competir. Além disso, é um desejo antigo da comunidade e dos próprios capixabas que a gente pudesse realizar um evento da WSL no Estado", afirmou Martinho.
Não é apenas a consistência das ondas e a diversidade do swell -- características consideradas essenciais para atender aos padrões internacionais da liga -- que levaram à escolha da Praia d'Ulé para sediar a etapa, mas também a estrutura da cidade turística, capaz de atender atletas, suas equipes e fãs.
Martinho destaca os desafios para adaptar a estrutura da WSL para uma nova sede, considerando questões ambientais, equipes de fornecedores e a logística de todos os envolvidos, mas reforça que o momento consiste em gerar oportunidades para os 'surfistas da nova geração'.
"Todo surfista sonha em ser campeão mundial e o Brasil já tem cinco referências que conquistaram esse feito, criando um legado que inspira e fortalece a base. Quando falamos em Circuito Banco do Brasil, falamos na sucessão natural da Brazilian Storm, o único caminho dentro da WSL para seguir construindo novos campeões mundiais", afirma.
Para a cidade de Guarapari, a organização espera entregar tanto a demanda esportiva quanto um legado para a comunidade local: "Atacamos todas as frentes, sejam elas no âmbito econômico, social ou ambiental.
"Ao lado de marcas poderosas e parcerias locais, levamos esporte de alto rendimento e entretenimento durante toda a janela do evento, o que naturalmente gera oportunidade de emprego, cria atrativos para os turistas e movimenta a economia local", diz o CEO.
Para além da competição, a Praia d'Ulé também sediará dois projetos organizados pela WSL: o 'Novas Ondas' e ações ambientais inspiradas no 'WSL One Ocean', do Championship Tour (CT).
"O primeiro coloca surfistas renomados para engajar e sensibilizar a comunidade local em busca de novos talentos, com clínicas de surfe para ONGs locais. O segundo trabalha ações ambientais de forma educativa realizando plantios, reciclagem das lonas, educação ambiental ligada aos micro ambientes das praias. A WSL também se preocupa em gerenciar os resíduos dos eventos que realiza", explica.
Expectativa por novos 'picos' brasileiros na WSL
Martinho também destacou a realização da etapa inédita no Espírito Santo como um teste para a inclusão de novos picos de surfe no Brasil e na América Latina no futuro: "A ideia é sempre gerar oportunidades para novos talentos e ajudar a desenvolver outras regiões esportiva e economicamente".
"Estamos sempre de olho em novas cidades que possam receber as etapas, que são válidas pelo Qualifying Series (QS) da WSL. A competição é o berço para a próxima geração da Brazilian Storm, que já nos brindou com cinco títulos mundiais e não há como chegar ao Challenger Series (CS), competição que garante acesso ao Championship Tour (CT), sem participar de, ao menos, uma etapa do Circuito Banco do Brasil, o que torna a competição ainda mais importante e atrativa na questão do âmbito esportivo", destaca.
Como 'aposta', o CEO apontou para um leve favoritismo dos surfistas capixabas ao longo da etapa na Praia d'Ulé: "Vejo os atletas locais com uma ligeira vantagem por conhecer melhor o pico, que será uma novidade para os outros. Mas, vale lembrar, que essa condição é dada a todos os atletas, uma vez que realizamos eventos ao longo do litoral brasileiro inteiro, gerando oportunidades igualitárias".
"De qualquer maneira, na América do Sul, o Brasil domina o ranking do Qualifying Series (QS) da WSL e também do Circuito Banco do Brasil de Surfe, então, vejo os surfistas brasileiros como favoritos", finaliza.
A competição, que terá cobertura do Terra, garante pontuações importantes para o ranking sul-americano da WSL, que serve como classificatório para o Challenger Series (CS), torneio que dá acesso ao Championship Tour (CT). Por isso, nomes de destaque na modalidade, tanto no masculino como no feminino, irão demonstrar todo o potencial que possuem dentro do mar.