‘Rayssa Leal dos meninos’: jovem brasileiro aprova comparação e sonha com Olimpíada

Com apenas 19 anos, jovem ‘bateu na trave’ no ciclo olímpico para Paris-2024 e chega bem cotado para estar nos Jogos de Los Angeles-2026

5 dez 2025 - 04h59
Filipe Mota, de 19 anos, participa do Super Crown 2025 em busca de medalha
Filipe Mota, de 19 anos, participa do Super Crown 2025 em busca de medalha
Foto: Pablo Vaz/SLS

Morar em um país que é referência no skate mundial e que será palco da próxima Olimpíada: os ingredientes estão aí para brilhar em Los Angeles-2028. Constantemente chamado de “a Rayssa Leal dos meninos”, Filipe Mota treina com lendas do esporte e faz ‘apostas’ com Rayssa para motivar manobras difíceis.

Em entrevista ao Terra, ele afirma que não se incomoda com a comparação com a duas vezes medalhista olímpica, pois a vê como inspiração e é muito amigo dela. Ele garante que a ‘rivalidade’ está ‘empatada’.

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“Quando a gente quer aprender uma manobra nova, fazemos uma aposta para dar um gás um para o outro, como de quem acertar primeiro, pagar o jantar”, brincou Filipe. Questionado sobre quem ganha, foi ‘imparcial’. “Tá empatado, por enquanto”.

Uma relação tão próxima impede que a comparação o incomode. “Me inspiro nela, e ela também se inspira em mim. A gente é muito amigo. Ela é uma das maiores de todos os tempos, então é claro que não vou me incomodar com isso”.

Filipe mora e treina skate em Los Angeles, nos Estados Unidos, mesmo país de Nyjah Huston, uma das grandes referências de sua modalidade, a street. Foi com ele e Paul Rodriguez, mexicano que também é um nome forte do esporte, que melhorou aspectos do seu jogo na corrida para a próxima Olimpíada.

“Quando eu cheguei lá, andava bastante com ele (Nyjah) na rua, na pista. Ele fazia uns vídeos no YouTube para época em que a gente ia para os ‘picos’ e andava. Aprendi muito só vendo ele andar”, contou o jovem skatista.

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“E também o Paul Rodriguez. Eu ando com a marca dele, então tô sempre na pista dele. Todo mundo sabe que ele é um dos melhores que anda de switch, a base trocada. Então, vendo ele andar assim, me ajudou bastante. A base trocada é um pouco mais difícil, é como se você escreve com a direita, e com a esquerda é mais complicado”, comparou Filipe ao analisar como evoluiu com as referências.

Filipe Mota ficou muito perto de se classificar à Olimpíada de Paris-2024, mesmo em um período em que analisa que não estava ‘100%’ e que tinha características a melhorar. Para ele, o que faltou foi uma pitada de experiência. “Eu estava aprendendo mais sobre mim. Você vai aprendendo quais manobras funcionam no campeonato”, explicou.

“As que eu mando, por exemplo, são consideradas de alto risco, porque se encaixam com truque. Se você treina bastante uma manobra na pista e consegue fazê-la com facilidade, no momento (do campeonato) pode mudar tudo, é diferente”, seguiu o jovem atleta, acreditando que faltou fazer essa seleção para ir a Paris.

“Faltou experiência, mas levei como aprendizado. Para essa corrida olímpica até Los Angeles, me sinto bem melhor. Meu corpo não estava 100%, então não consegui ir bem na última etapa. Ano que vem, quero focar mais nos campeonatos do que na rua”, determinou a jóia do skate.

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Filipe Mota é um dos brasileiros que disputará o Super Crown 2025, marcado para o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, nos dias 6 e 7 de dezembro. Além dele, outros nomes do skate brasileiro também estarão no campeonato, como Giovanni Vianna e Rayssa Leal, duas vezes medalhista olímpica e tricampeã do torneio.

Fonte: Portal Terra
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