Tite cita crise de ansiedade e abre o coração sobre futuro: 'Vou onde houver sintonia de ideias'

Treinador comentou período longe do futebol para tratar saúde mental e garante que está pronto para voltar a trabalhar

8 dez 2025 - 14h57
(atualizado às 15h36)

Tite voltou às atenções do público nesta segunda-feira, 8, ao participar do prêmio Bola de Prata da ESPN. O treinador de 64 anos subiu ao palco da tradicional cerimônia e foi o responsável por anunciar o prêmio de melhor técnico do Brasileirão, vencido por Rafael Guanaes, do Mirassol, e Lucas Piccinato, do Corinthians (categoria feminina).

Sem trabalhar desde que saiu do Flamengo, no fim de 2024, o ex-treinador da seleção brasileira citou a crise de ansiedade que o fez se afastar do futebol neste ano. Em entrevista coletiva com jornalistas, o técnico falou sobre o período em que se reservou para focar na saúde mental. "O contexto de falar da crise de ansiedade que eu tive e de todos os aspectos envolvidos, precisa ter um tempo maior para falar com vocês (jornalistas)", iniciou.

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Tite falou com jornalistas após participação no prêmio Bola de Prata.
Tite falou com jornalistas após participação no prêmio Bola de Prata.
Foto: Rodrigo Sampaio/Estadão / Estadão

"Aquilo que eu deveria agradecer, dizer 'obrigado, Papai do Céu, que eu tenha oportunidade de trabalho o tanto quanto vieram', mas da mesma forma me pressionou. Eu passei uma semana difícil. Então, isso acabou acontecendo."

Apesar do susto, o treinador garantiu que está pronto para voltar a trabalhar em 2025. "Estou legal, estou em paz e bem. Estou com meus joelhos legais, estou jogando um 'basquetinho'. Agora a vida a segue, o processo segue. O futebol é apaixonante", afirmou.

Ao ser questionado se o futuro será no futebol brasileiro ou em times do exterior, o treinador despistou. "(Vou para) Onde houver sintonia de ideias de futebol, de forma de trabalhar, dos processos, eu vou estar aberto independentemente do local", cravou.

Ao comentar sobre o que espera para o futuro, o treinador abriu o coração. "Continuar com uma carreira com uma ideia de futebol equilibrado, e que tenha um processo criativo, fazendo gol, porque essa é a essência. Competitivo, de marcação, porque é necessário para vencer, mas sempre marcante. Um fair play muito marcante, um jogo limpo muito marcante, com princípios éticos que me nortearam ao longo dessa carreira toda", completou.

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