Relógio de bolso em ouro 18 quilates de Isidor Straus, vítima do naufrágio do Titanic, foi leiloado por R$ 12,5 milhões; o item foi presente de sua esposa, Ida, e preserva memórias do desastre de 1912.
No último sábado, 22, um relógio de bolso Jules Jurgensen, feito em ouro 18 quilates, e pertencente a um casal que morreu no naufrágio do Titanic, em 1912, foi arrematado por 1,78 milhão de libras (R$ 12.5 milhôes na cotação atual) em um leilão da Henry Aldridge & Son, no Reino Unido.
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A peça era um presente de Ida Strauss ao marido e político americano Isidor Straus. Durante o resgate das vítimas do navio, o relógio foi encontrado junto ao corpo dele. Os ponteiros apontavam 2h20, horário estimado do naufrágio.
“Relógios de bolso são itens incrivelmente pessoais”, avaliou o diretor-geral da casa de leilões, Andrew Aldridge, em nota publicada no site da instituição.
“Cada passageiro ou tripulante, homem, mulher e criança, tinha uma história para contar. Essas histórias são contadas 113 anos depois por meio dos objetos que possuíram. Itens como este mantêm a história viva e nos aproximam da memória de uma das principais tragédias do século 20.”
Isidor e Ida Strauss protagonizam uma das muitas memórias acerca do Titanic. Relatos dão conta de que Ida recusou subir no bote salva-vidas sem o marido. Por sua vez, Isidor também relutou o salvamento, para dar chance a outras mulheres e crianças a bordo.
No filme Titanic (1997), do diretor James Cameron, o casal é retratado na cena em que dois idosos aparecem deitados abraçados em uma cama dos alojamentos do navio.