Companhias brasileiras anunciaram R$124,1 bilhões em dividendos desde outubro, entre proventos a serem pagos antes do final de 2025 e em 2026, conforme cálculos de estrategistas do Itaú BBA.
"A entrada de dividendos é um vento favorável de curto prazo para os mercados, enquanto, no longo prazo, as estratégias de dividendos têm superado os índices no Brasil", afirma o relatório da véspera, assinado por Daniel Gewehr e equipe.
Entre as empresas sob cobertura do Itaú BBA, os maiores dividendos monetários anunciados desde o quarto trimestre foram da Vale, de R$15,3 bilhões, da Petrobras, de R$12,2 bilhões, e da Ambev, de R$11,5 bilhões.
Quanto ao "dividend yield" (retorno do dividendo), os maiores foram Direcional, com 9,2%, Syn com 8,6% e Cyrela, com 8,6%.
Por setor, os estrategistas destacaram financeiro, com R$36,4 bilhões, matérias-primas, com R$18,4 bilhões, e consumo básico, com R$13 bilhões, enquanto os maiores "yields" foram em saúde (7,1%), matérias-primas (4,5%) e financeiro (4,5%).
Eles afirmaram ter discutido com os analistas setoriais do Itaú BBA sobre potenciais dividendos ainda a serem anunciados, considerando as reservas e lucros retidos, juntamente com a estratégia de alocação de capital da empresa.
"Nossos analistas estimam um volume financeiro potencial de magnitude semelhante ao já anunciado. Vemos um total de 20 empresas que podem anunciar dividendos com 'yield' acima de 5%, com destaque para os setores financeiro e imobiliário."
Em outro relatório, enviado a clientes nesta quinta-feira, Gewehr e equipe calculam em R$92,7 bilhões os programas de recompra de ações abertos de 97 companhias, com R$76,9 bilhões ainda para ser recomprado.
