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Bancos tradicionais superam digitais em engajamento, revela estudo

De acordo com levantamento, instituições mais conservadoras lideram uso diário e fidelidade de clientes que utilizam apps financeiros

28 set 2025 - 06h14
Resumo
Bancos tradicionais lideram o engajamento em apps financeiros no Brasil, superando digitais e fintechs, graças à usabilidade, confiança e serviços integrados, segundo estudo da RankMyApp.
Leandro Scalise
Leandro Scalise
Foto: Divulgação

Um levantamento inédito do RankMyApp, startup brasileira especialista em inteligência de mercado para aplicativos, investida da Wayra Brasil e Vivo Ventures, CVC (Corporate Venture Capital) da Vivo/Telefônica, revela que os bancos tradicionais lideram o engajamento entre usuários de aplicativos financeiros no Brasil, superando os digitais e outras instituições financeiras. 

A análise, realizada entre abril de 2024 e abril de 2025 e lançada neste mês, foi feita via amostragem a partir da base de dados da empresa. Entre os principais achados, a pesquisa aponta que os aplicativos de bancos mais tradicionais apresentam os maiores índices de uso diário (DAU), uso mensal (MAU) e frequência de uso (stickiness), contrariando a percepção de que soluções 100% digitais seriam mais atrativas. Esse engajamento é sustentado por altas notas de usabilidade (4,38) e elogios (4,86), em escala de 1 a 5, além de experiência completa e integrada.

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Para Leandro Scalise, CEO da RankMyApp, os dados mostram que conquistar downloads é apenas parte do desafio.

“O estudo comprova que não basta atrair: é preciso engajar e reter. Usabilidade, confiança e amplitude de serviços pesam mais na fidelização do que apenas a nota média ou ações promocionais pontuais”, afirma o CEO da startup.

Embora os bancos digitais compitam de perto com instituições mais conservadoras em volume de instalações e também se destaquem em usabilidade (3,05), ainda enfrentam desafios para transformar inovação em fidelização de longo prazo. Já outras instituições financeiras, como fintechs, carteiras digitais e plataformas de investimento, dominam o volume médio de instalações, com picos em meses como dezembro e março, impulsionados por campanhas agressivas de aquisição, como cashback e cupons. No entanto, essas instituições apresentam baixa retenção, mesmo com a maior nota de usabilidade (4,51) e altos índices de elogios (4,86).

Outro dado relevante apontado pelo levantamento é que a percepção positiva nem sempre se traduz em uso real. Outras instituições financeiras, por exemplo, registram 64,45% de avaliações positivas, contra 48,99% dos bancos tradicionais, mas estes últimos mantêm uma base muito mais fiel e ativa.

A amostra também aponta caminhos estratégicos para melhorar o desempenho de cada segmento. “Para os tradicionais, a recomendação é explorar campanhas para atrair públicos mais jovens sem perder a base fiel. Já os digitais devem investir em estratégias de CRM, notificações inteligentes e personalização para aumentar o engajamento. As fintechs, por sua vez, e carteiras digitais precisam otimizar o onboarding e reduzir fricções para converter instalações em uso recorrente”, recomenda Leandro.

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(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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