Adriana Toscano, viúva de Canisso, baixista e um dos fundadores do Raimundos expôs episódios que, segundo ela, contribuíram para o desgaste irreversível dentro da banda. Em conversa exclusiva com a jornalista Patrícia Calderón, do portal LeoDias, Adriana contou que o clima piorou após a saída de Rodolfo, vocalista original, e que a convivência com Digão se tornou insustentável. "O próprio Rodolfo não aguentou. Um dia ele disse pra mim e pro Canisso: 'Não aguento mais esse cara, tô caindo fora", relembrou.
Durante a entrevista, Adriana detalhou uma briga que teria ocorrido no camarim, antes de um show no interior de São Paulo, onde Digão teria agredido fisicamente o marido e também ela. "Me lembro que estávamos felizes no camarim, quando o Digão entrou do nada e foi direto com um soco na cara do Canisso… eu só vi a mão do Digão e quando percebi já tinha levado um soco e quebrado o nariz", contou. Ela afirmou ter ficado profundamente decepcionada com o episódio, especialmente pela longa amizade entre os integrantes e suas famílias.
Segundo Adriana, Digão telefonou no dia seguinte pedindo desculpas. "Ele chorava muito, pediu desculpas e disse que era uma pessoa horrível", relatou. Questionada sobre perdão, ela disse que "perdoou naquele momento", mas as reincidências a fizeram entender que nada mudaria.
Após a morte de Canisso, em 2023, conflitos financeiros teriam surgido. Adriana afirma que Digão prometeu ajudar a família formada por ela e os filhos Mike, Lorena, Pedro e Nina, mas os repasses teriam cessado cerca de um ano depois. Ela apresentou ao portal uma cópia do contrato social que garante a entrada dos herdeiros na sociedade. De acordo com a viúva, o Raimundos teria criado um novo CNPJ para burlar o acordo. "Não avisaram nada… Teve um silêncio", lamentou.
O que motivou o rompimento definitivo entre a família de Canisso e a banda?
Segundo Adriana Toscano, a ruptura se consolidou quando ela percebeu que, além das agressões e tensões antigas, havia um esforço para afastar legalmente a família dos direitos do baixista. Ela afirma que, embora os valores de shows sejam os mais altos e não estejam sendo repassados, direitos autorais e rendimentos de gravadoras continuam vinculados ao contrato original que, segundo ela, permanece válido. Adriana diz que jamais foi procurada para um acordo e que passou a ser informada sobre as mudanças apenas por seu advogado. "Não quero acabar com a banda atual, só quero que eles cumpram as leis", concluiu.
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