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Startup quer enviar energia do espaço com foguete da SpaceX

Startup planeja usar o foguete Starship, da SpaceX, para transmitir à Terra a energia solar produzida no espaço, tornando-a ainda mais barata que outros métodos

30 abr 2024 - 18h09
(atualizado às 20h54)

O foguete Starship, da SpaceX, promete mudar o jogo no que diz respeito aos transportes espaciais. Mas não pense que as inovações param por aí: a startup Virtus Solis quer usar o foguete para enviar à Terra a energia solar gerada no espaço, tornando-a ainda mais barata do que outros métodos usados atualmente. 

Foto: qimono/Pixabay / Canaltech

A proposta ousada foi apresentada por John Bucknell, fundador da empresa e ex-engenheiro da SpaceX. "Para que a energia solar baseada no espaço funcione, é preciso ter um lançamento pesado, transferência de energia sem fio e economia", disse.

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Ele destacou também o desafio de ter acesso ao espaço com baixo custo. Por outro lado, o investimento necessário para levar satélites ao espaço diminuiu de forma significativa nos últimos anos graças aos foguetes reutilizáveis da SpaceX.

Hoje, a empresa lança satélites por menos de US$ 3 mil por quilo de carga útil. No entanto, o valor é alto demais para a produção de energia solar no espaço, que vai exigir painéis solares ainda maiores que os da Estação Espacial Internacional: a Virtus Solis quer construir painéis com 1 km de comprimento, os quais seriam montados na órbita por robôs.

Representação do foguete Starship liberando satélites (Imagem: Reprodução/Victus Solis)
Foto: Canaltech

É aqui que entra o Starship. A SpaceX acredita que assim que o foguete estiver pronto para iniciar suas operações, o custo do lançamento de cargas úteis deve cair para US$ 10 por quilo — e segundo Bucknell, basta que o custo de lançamentos à órbita baixa da Terra fique abaixo dos US$ 200 para que a energia solar no espaço fique mais barata que as alternativas na Terra, como as usinas nucleares

Com o Starship, a empresa poderia lançar de uma vez só centenas de módulos do tipo à chamada órbita Molniya. Trata-se de um tipo de órbita extremamente elíptico (com formato oval), cujos pontos mais perto e longe do planeta ficam a 800 km e 35 mil km, respectivamente. 

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Um satélite nesta órbita passa mais de 11 horas na região mais distante, o que permite a visualização quase completa de um hemisfério. Então, uma constelação de dois ou mais painéis poderia ser suficiente para fornecer energia para uma região, enquanto 16 unidades poderiam fornecer energia para todo o mundo na forma de micro-ondas. 

Mas ainda há muito trabalho pela frente até estes planos se tornarem realidade. Segundo Bucknell, a empresa está procurando formas de melhorar a eficiência da transmissão de energia sem fio, que é um dos principais obstáculos para a energia solar no espaço. Os sistemas usados atualmente têm eficiência de apenas 5%, mas para uso prático, é preciso aumentá-la para 20%.

Fonte: Space.com

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