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IA do Google vai revolucionar descoberta de novos remédios

Desenvolvido pelo Google DeepMind, novo modelo de inteligência artificial deve mudar processo de descoberta de medicamentos, prevendo comportamento de moléculas

9 mai 2024 - 15h09
(atualizado em 10/5/2024 às 03h03)

Nesta semana, o Google DeepMind apresentou o seu novo modelo de Inteligência Artificial, AlphaFold 3, desenvolvido em parceria com a Isomorphic Labs. Em um salto de desenvolvimento quando comparado com a versão anterior, a ferramenta de IA consegue prever o comportamento de proteínas, mas também a reação gerada em outras moléculas, DNA e RNA. É algo fundamental no desenvolvimento de remédios.

Foto: Freepik / Canaltech

"Esperamos que AlphaFold 3 ajude a transformar nossa compreensão do mundo biológico e do processo de descoberta de [novos] medicamentos", afirma o Google DeepMind, em nota. 

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Além disso, a ferramenta deve melhorar a compreensão sobre como é feita a produção de hormônios no organismo e a forma como o DNA pode se regenerar, já que consegue modelar (prever) o comportamento do ácido desoxirribonucleico. Também deve ter efeitos no estudo do sistema imunológico.

Basicamente, é a promessa de entender melhor os mecanismos microscópicos que permitem a vida, dentro do corpo humano e de outras criaturas, a partir do comportamento das mais diferentes moléculas.

IA do Google vai revolucionar a medicina

Cabe destacar que a versão anterior do AlphaFold, lançada em 2020, trouxe avanços significativos no campo científico, já que era capaz de prever o comportamento das proteínas e as suas estruturas.

Bastava que um cientista fornecesse uma sequência de aminoácidos (os "tijolinhos" das proteínas) para que a IA do Google DeepMind conseguisse prever a forma tridimensional da estrutura, por exemplo.

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Agora, os responsáveis pela nova versão afirmam que esta é "a ferramenta mais precisa do mundo para prever como as proteínas interagem com outras moléculas em toda a célula", o que é um salto nas previsões computacionais antes de qualquer teste em laboratório.

IA do Google DeepMind planeja transformar o processo de descoberta de novas terapias e remédios (Imagem: Microgen/Envato)
Foto: Canaltech

Em preprint — artigo não revisado por pares — publicado na revista Nature, foi demonstrado que o AlphaFold 3 tem uma melhoria de pelo menos 50% na capacidade de prever as interações de proteínas com outros tipos de moléculas. 

Entre os efeitos práticos, o modelo de IA tem a capacidade de prever a ligação entre anticorpos e proteínas (como as presentes em patógenos), algo crítico para a compreensão da resposta imunológica. Na área farmacêutica, isso pode permitir o desenvolvimento de novas imunoterapias e anticorpos monoclonais (sintéticos).

Google DeepMind para cientistas

Como compromisso do Google em prol da ciência, a ferramenta estará disponível para cientistas de todo o mundo, com a maioria de seus recursos liberados de forma gratuita, através do AlphaFold Server.

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"O AlphaFold Server ajuda os cientistas a criar novas hipóteses para testar em laboratório, acelerando os fluxos de trabalho e permitindo mais inovação. Nossa plataforma oferece aos pesquisadores uma maneira acessível de gerar previsões, independentemente de seu acesso a recursos computacionais ou de sua experiência em aprendizado de máquina", completa.

Anteriormente, as pesquisas do Google DeepMind já contribuíram para a descoberta de milhares de novos materiais para o desenvolvimento de chips e baterias. Também pode ajudar na previsão de mutações genéticas associadas a doenças.

Fonte: Google e Nature  

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