Vestígios de antigo DNA revelam origem da primeira pandemia que dizimou o Império Bizantino — e micróbio continua ativo atualmente

Mais de 10 mil pessoas morreram diariamente durante a Praga de Justiniano

14 out 2025 - 14h15
(atualizado em 15/10/2025 às 12h24)
Foto: Xataka

Arqueólogos finalmente descobriram uma evidência direta do micróbio que causou o que é dita como a primeira pandemia do mundo. Conhecida como Praga de Justiniano, essa epidemia afetou o mediterrâneo e mais diretamente o Império Bizantino e o Sassânida, levando cerca de 10 mil pessoas a morte diariamente entre os anos de 541 e 549. Agora, sabemos que ela é o mesmo vírus da Grande Peste.

Uma pesquisa feita pela Universidade de South Florida e Atlantic University, em colaboração com a Índia e Austrália, conseguiu achar vestígios na antiga cidade de Jerash, na Jordânia, perto do acredita-se ser o epicentro da pandemia (Egito), em um cemitério.

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A amostra de um dente de cerca de 1500 anos provou oficialmente que o micróbio Y. pestis, ou peste bubônica, é o responsável pela primeira pandemia. Essa é a mesma peste por trás da Grande Peste, que resultou na morte de 25 a 75 milhões de pessoas na Eurásia entre 1347 e 1351.

Por anos historiadores vem teorizado que o Y. pestis poderia ser o responsável, mas a falta de evidências genéticas impossibilitaram de oficializar esse pensamento.

A pesquisa ainda ajuda a entender a presença da peste atualmente, já que em julho deste ano foi registrado uma morte por peste pneumônica, uma das infecções mais fatais da peste. 

"Esta descoberta fornece a tão esperada prova definitiva da presença da Y. pestis no epicentro da Peste de Justiniano", disse Rays H. Y. Jiang, PhD, principal pesquisador dos estudos e professor associado da ...

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