Quando a China abriu o telão de seu desfile militar, mostrou muito mais do que seu poder armamentista. Foi uma mensagem clara e direta, que teve reação poucos dias depois, quando os Estados Unidos deram um passo enviando sua nova plataforma de mísseis para o Japão. Depois, descobriu-se que, no caso de mísseis, há 3.500 apontados na mesma direção. Desde então, os Estados Unidos iniciaram uma corrida desesperada: dobrar sua própria produção de mísseis para o que der e vier.
O despertar estratégico
O Wall Street Journal relatou que o Pentágono soou todos os alarmes diante da evidência de que seus arsenais de mísseis não seriam suficientes para sustentar um conflito prolongado com a China. A invasão russa à Ucrânia e o consumo massivo de interceptores na Europa já haviam mostrado a fragilidade da base industrial dos EUA.
No entanto, segundo o jornal, foi a guerra de doze dias entre Israel e Irã — na qual Washington lançou centenas de mísseis de alta tecnologia para apoiar seu aliado — que esvaziou de vez os depósitos e precipitou um plano de emergência. A mensagem que circula nos escritórios do Pentágono é clara: o arsenal atual não é suficiente para defender Taiwan nem as bases aliadas no Pacífico caso ocorra um confronto direto com Pequim.
Para enfrentar essa realidade, o Departamento de Defesa criou um órgão extraordinário, o Munitions Acceleration Council, dirigido pessoalmente pelo subsecretário Steve Feinberg, que liga toda semana para os principais executivos da ...
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