Justiça manda deter policial acusado de matar MC Primo
Crime ocorreu na frente da casa onde morava o cantor, em São Vicente, no litoral de São Paulo
O policial militar Anderson de Oliveira Freitas, de 39 anos, teve sua prisão preventiva decretada na sexta-feira, 16, pela Justiça de São Paulo. O oficial é acusado de matar a tiros o cantor MC Primo, em 19 de abril de 2012. O crime ocorreu na frente da casa onde morava o cantor, em São Vicente, no litoral de São Paulo.
A decisão do juiz Alexandre Torres de Aguiar, da 1ª Vara Criminal de São Vicente (SP), foi tomada um mês depois que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou o pedido ao Tribunal de Justiça (TJSP).
Segundo documentos obtidos pelo G1, Anderson de Oliveira Freitas foi visto cumprimentando MC Primo horas antes de matá-lo. Além disso, ele foi apontado como participante da execução por uma testemunha.
Em depoimento à polícia, Anderson negou qualquer participação no crime e evitou comentar o fato de a arma do crime estar com ele na data do homicídio. Para além disso, a perícia que revelou que o projétil disparado contra o cantor saiu da arma de Anderson.
"Portanto, evidencia-se que Anderson, no mínimo, omitiu-se em esclarecer a situação envolvendo o armamento com carga a ele e o homicídio em tela quando prestou seu depoimento perante a Autoridade Policial. Nessa oportunidade, negou qualquer ligação com o crime", escreveu o juiz Alexandre Torres de Aguiar, no citado documento.
Relembre o crime
Em 2012, MC Primo foi abordado por criminosos em uma motocicleta e em um carro branco quando chegava em casa. Na situação, um homem encapuzado pediu para que a mulher e os dois filhos do cantor entrassem para casa. Em seguida, efetuou 11 disparos contra o funkeiro.
O caso de MC Primo foi investigado pelo 2º Distrito Policial (DP) de São Vicente e encaminhado ao Poder Judiciário em maio de 2017.