Tomar café sem açúcar traz benefícios à memória e longevidade, dizem estudos
Cientistas explicam o que acontece com o cérebro quando há a ingestão da bebida sem a adição de adoçantes
Os amantes do café têm mais um bom motivo para consumir a bebida, especialmente sem a adição de açúcar ou adoçantes. Isso porque, em estudo recente da revista Nature Neuroscience, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) investigaram o que acontece com o cérebro e o corpo quando há a ingestão de café puro. Assim, os especialistas concluíram que, nessas condições, a bebida não age apenas como um estimulante natural, mas possui também uma função maior no organismo.
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Ressalta-se que o consumo regular do café preto está relacionado com processos e mecanismos de proteção celular e, desta forma, possui a capacidade de potencializar a conexão neural. De modo prático, essa configuração mantém a mente ativa e alerta a partir do fortalecimento das redes neurais.
Analisando o resultado dos estudos, os cientistas observaram efeitos consideráveis na região do cérebro associada à memória, o hipocampo. Outro ponto de destaque na avaliação da bebida sem a adição de açúcar ou adoçante foi o baixo teor de gorduras e calorias, que pode contribuir para a perda de peso, pois acelera o metabolismo basal e faz o organismo processar os nutrientes mais rapidamente.
A longevidade também é um componente relevante nesse contexto. Estudos anteriores apontaram que as substâncias antioxidantes presentes no café preto ajudam a aumentar o período de vida. "Estudos recentes, quando foram ajustados para certos fatores, encontraram uma possível associação entre o café e a diminuição da mortalidade". A fala é de Donald Hensrud, professor da Faculdade de Medicina da Mayo Clinic, um importante centro médico dos EUA.
Por fim, uma pesquisa publicada na revista científica The Journal of Nutrition corrobora a tese, mas acrescenta que a quantidade de consumo também deve ser observada, para efeitos positivos e um risco menor de morte, sendo idealmente restrita a uma ou duas xícaras, em comparação àqueles que não ingerem café.