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Traição: especialista ressalta os gatilhos que levam a esse comportamento

Segundo a psicóloga, Thaís Araújo é importante viver a realidade do relacionamento, dialogar e "não seguir uma receita"

12 jul 2021 - 19h23
(atualizado às 19h59)
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A psicóloga Thaís Araújo diz que traição é utilizada como estopim para disparar uma crise no relacionamento que já existia
A psicóloga Thaís Araújo diz que traição é utilizada como estopim para disparar uma crise no relacionamento que já existia
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos últimos 10 anos houve um aumento de 106% de divórcio, e grande parte deles ocorreu na pandemia. O que talvez muitos não saibam são as causas que levam a esse comportamento. 

Sempre que alguém tem essa atitude tenta se justificar de alguma maneira para compensar todo o resto. Alguns dizem que falta diálogo, já outros optam em falar sobre o excesso de tempo juntos, mas existem outros fatores relacionados. 

A psicóloga Thaís Araújo diz que traição é utilizada como estopim para disparar uma crise no relacionamento que já existia, porém não falavam a respeito. Neste caso, a traição surge como um grito para que essa crise seja enfrentada e resolvida, seja numa separação ou resolução do conflito. "A traição também pode surgir como uma vingança ou forma de provocar dor ao parceiro, às vezes de forma inconsciente ou muito comum também em relações abusivas". 

"A repetição de comportamento familiar é um dos gatilhos inconscientes, isto é o filho viu o pai trair a mãe durante a sua infância inteira e repete sem perceber. Geralmente ao falar de traição é possível relacionar com dores não resolvidas, abandono ou solidão. "A traição representa uma personalidade frágil e debilitada, em que o outro não consegue viver sozinho e busca ter várias pessoas ao mesmo tempo". 

Será que existe alguma maneira de evitar a chegar nesse ponto? "É importante analisar e escolher bem com quem deseja se relacionar. Uma das decisões mais importantes que fazermos é escolher com quem queremos nos relacionar. Não existe nenhuma outra forma de gerar tantos traumas e efeitos psicológicos quanto uma decisão ruim amorosa".

Não tem uma receita a ser seguida, cada relacionamento é um, mas segundo a especialista é fundamental analisar muito bem a pessoa com quem você se relaciona antes de seguir o próximo passo para evitar situações desconfortáveis e ameaçadoras.

Já ouviu falar que antes de conhecer o outro é importante prestar mais atenção em si mesmo? Pois bem, é necessário investir no autoconhecimento e entender as suas próprias dinâmicas emocionais e quando precisa resolver falta o despreparo, insegurança e medo.

"O diálogo é a base de uma relação. Comunicar quando algo não está funcionando bem, instigar ao outro a também se comunicar e assim encarar os problemas dentro de um relacionamento".

"Sem dúvidas, o casal precisa sentir a realidade do relacionamento, sair do mundo da "fantasia" e entender o que de fato está ocorrendo e qual a melhor maneira de solucionar isso", finaliza a psicóloga Thaís Araújo. 

Consultoria: Psicóloga Thaís Araújo. 

Saúde em Dia
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