Situação da dengue em Porto Alegre é alarmante e exige ação imediata da população
Número recorde de casos e infestação do mosquito Aedes aegypti coloca a cidade em alerta.
A cidade de Porto Alegre enfrenta um aumento sem precedentes nos casos de dengue, tornando-se um desafio significativo para a população. Antes mesmo de chegar à metade de fevereiro, a capital já registra 51 casos, sendo 31 adquiridos localmente, 13 importados e sete sem local de infecção determinado. Comparado ao mesmo período de 2023, o aumento é notável, com cerca de 10 vezes mais casos em 2024.
Os bairros afetados abrangem uma extensa lista, incluindo áreas como Auxiliadora, Azenha, Bom Fim, Centro Histórico e muitos outros. A faixa etária mais atingida é de 41 a 50 anos, representando 27,4% dos casos confirmados, e 51% dos pacientes são do sexo masculino. Os sintomas mais comuns incluem febre, dores no corpo e dor de cabeça.
O aumento expressivo de casos pode estar relacionado a fenômenos climáticos recentes, como o El Niño, que trouxe calor intenso e chuvas intensas ao Rio Grande do Sul. O Boletim Epidemiológico destaca a alta infestação do mosquito Aedes aegypti em 42 dos 46 bairros monitorados, tornando a situação crítica em várias regiões.
A diretora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Evelise Tarouco, enfatiza a importância da comunicação eficaz com a população, destacando que a dengue já é uma realidade em Porto Alegre. Ela ressalta que a vacinação, iniciada recentemente pelo Ministério da Saúde, embora crucial, levará tempo para impactar significativamente a situação atual.
Diante desse cenário, a população é instada a adotar medidas preventivas, como eliminar criadouros do mosquito e utilizar repelentes. A atenção especial é direcionada a crianças e idosos, que podem ser mais vulneráveis à doença. A colaboração de todos é crucial para enfrentar essa crise de saúde pública. (Com informações do Su21)