PUBLICIDADE

Até leucemia? Mau hálito pode indicar doenças bem graves

Com um cheiro diferente do normal, o hálito pode indicar doenças sérias como leucemia, cirrose, diabetes e problemas nos rins

19 mai 2015 - 08h00
Compartilhar

Apesar de 95% dos casos de halitose ter sua origem na boca, é possível que o mau hálito esteja associado a doenças mais graves relacionadas a outros órgãos, como cirrose, diabetes, mononucleose e leucemia. Por meio do cheiro e de alguns outros sintomas bucais, o dentista é capaz de diagnosticar o problema.  

Apesar de 95% dos casos de halitose ter sua origem na boca, é possível que o mau hálito esteja associado a doenças mais graves como cirrose, diabetes, mononucleose e leucemia
Apesar de 95% dos casos de halitose ter sua origem na boca, é possível que o mau hálito esteja associado a doenças mais graves como cirrose, diabetes, mononucleose e leucemia
Foto: Vladimir Gjorgiev / Shutterstock

“No caso da leucemia dá para desconfiar do sangramento gengival espontâneo, sem placa bacteriana”, diz Olinda Tarzia, diretora científica do CETH (Centro de Excelência no Tratamento da Halitose) e presidente da SOBREHALI (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose). “O cheiro do sangue excessivo que sai das gengivas também é um forte indicativo da doença”, afirma. 

Pessoas com diarréia ou gastroenterites também podem ter mau hálito, que se apresenta de modo diferente. “Por causa da diarréia, a boca perde muita água facilitando a formação da saburra lingual, causando também um cheiro de esgoto na boca”, diz Ana Cristina Zanchet Gomes, periodontista e especialista no diagnóstico e tratamento da halitose, da clínica Hálito Curitiba.

Já quem tem halitose por causa da diabetes costuma apresentar um cheiro bucal mais ácido, semelhante ao cheiro de maçã velha, de acordo com a especialista. Enquanto os pacientes com doença renal crônica, em hemodiálise e transplantados, apresentam um hálito com odor de urina. 

Outras doenças como intolerância a lactose, cirrose, febre reumática, mononucleose e sífilis também podem alterar o hálito e ser percebidas por um profissional. “Em geral o que acontece é o dentista identificar ou suspeitar do problema e recomendar o médico da especialidade correspondente”, diz Olinda.

A culpa não é só das doenças

O consumo excessivo de alguns medicamentos também pode causar um odor diferenciado na boca. Nesse caso, de enxofre, que está na composição de boa parte dos remédios  e pode se misturar com o odor causado pela doença a ser combatida. “A halitose é manifestada pela somatória dos fatores causadores do mau hálito. Quanto mais desses fatores o portador tiver, pior fica o hálito”, diz Ana Cristina.

Tem tratamento

Na maioria dos casos, assim que a doença é diagnosticada e tratada, o mau hálito some junto com ela. “No caso da diabetes, a gente só tem o controle da doença. Mas mesmo controlada, o mau hálito também desaparece. É possível também eliminar 90% desses odores com enxaguantes à base de dióxido de cloro, que reage com os gases e os transforma em sais. Como os sais não são voláteis, o mau hálito desaparece”, diz Olinda.  

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade