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Quatro maneiras simples de manter seu cérebro jovem

8 mai 2016 - 09h11
(atualizado às 09h36)
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Em teoria, é fácil manter o corpo em boas condições: basta seguir uma dieta saudável e fazer exercícios.

Tais princípios básicos deveriam ajudar a manter o cérebro saudável também. Mas pesquisas científicas recentes revelam segredos sobre outras formas de manter o cérebro jovem por mais tempo. Veja abaixo algumas dicas.

1. Cérebro ativo

Grupo que aprendeu a jogar tênis de mesa conseguiu estimular o cérebro para criar novas conexões entre os neurônios
Grupo que aprendeu a jogar tênis de mesa conseguiu estimular o cérebro para criar novas conexões entre os neurônios
Foto: Pixabay / BBC News Brasil

É fundamental manter seu cérebro trabalhando. Mas é bom esclarecer que ler um pouco ou fazer palavras cruzadas não é o bastante.

Aprender algo novo pode fazer uma diferença enorme, por exemplo. Pode até paralisar a deterioração do cérebro.

O programa da BBC How to Stay Young ("Como Permanecer Jovem", em tradução livre) reuniu um grupo de pessoas com mais de 60 anos para fazer aulas de tênis de mesa. O programa descobriu que o esporte teve um efeito poderoso em seus cérebros - para alguns deles o córtex cerebral ficou até maior.

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Ao começar um novo hobby que testava seus reflexos e a coordenação entre mãos e olhos, eles conseguiram estimular o cérebro para criar novas conexões entre os neurônios.

Tocar um instrumento musical também pode ser útil, já que a tarefa envolve diferentes partes do cérebro - áreas responsáveis pela coordenação motora fina, audição e visão.

Pelo fato de tantas áreas diferentes trabalharem ao mesmo tempo, a parte do cérebro que conecta os dois hemisférios - o corpo caloso - também se exercita.

Aprender a tocar um instrumento musical também ajuda a manter o cérebro jovem
Aprender a tocar um instrumento musical também ajuda a manter o cérebro jovem
Foto: Pixabay / BBC News Brasil

E vale lembrar que nunca é tarde demais para aprender a tocar um instrumento. Um estudo americano concluiu que aprender a tocar piano melhorou a memória e outras funções cognitivas de um grupo de pessoas com idades entre 60 e 85 anos.

Atividades físicas também são boas para o cérebro. Uma pessoa pode criar mais células na área cerebral que é importante para a memória - o hipocampo - se exercitando.

E não é preciso correr uma maratona ou levantar muito peso para obter estes benefícios.

O programa da BBC descobriu que uma caminhada vigorosa durante uma hora, duas vezes pode semana, pode liberar substâncias que estimulam o crescimento de novos neurônios no hipocampo.

2. Alimentação

A alimentação correta também pode ter um papel fundamental na juventude do cérebro.

Um exemplo é a ilha japonesa de Okinawa, um local onde há um número alto de pessoas que passaram dos cem anos de idade e as taxas de demência podem ser até 50% mais baixas do que nos países ocidentais.

Alguns cientistas acreditam que um dos alimentos preferidos dos moradores da ilha tem um papel muito importante para toda esta saúde: a batata-doce roxa (que tem essa cor em seu interior e não apenas na casca).

Cientistas afirmam que esses legumes ajudam os moradores da ilha a manter uma boa circulação sanguínea, o que faz com que seus cérebros recebam bastante oxigênio.

Levando em conta que deve ser muito difícil encontrar esse tipo de batata em qualquer supermercado, o que devemos comer para ter tanta saúde?

Existem outros alimentos com essa cor púrpura e que têm este mesmo ingrediente "mágico", as antocianinas, pigmentos vegetais com poder antioxidante que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas.

Todas as frutas e verduras frescas vão ajudar a manter a saúde, mas frutas roxas como a amora ou verduras roxas como a beringela podem trazer ainda mais benefícios.

Outro alimento a ser levado em conta - e muito popular na cozinha japonesa - é o peixe.

Alguns especialistas afirmam que o ômega 3, um ácido graxo encontrado em alguns peixes, pode proteger as pessoas contra demência.

A dieta mediterrânea também inclui os peixes que têm ômega 3 e a organização britânica especializada em pesquisa e tratamento do Alzheimer, a Alzheimer Society, recomenda uma dieta neste estilo como uma das formas de reduzir o risco de desenvolver demência.

Já os suplementos alimentares com ômega 3 são mais polêmicos. Alguns médicos afirmam que são necessárias mais pesquisas para provar que estes suplementos oferecem tantos benefícios como o consumo de peixes.

3. Progressos na medicina

O futuro parece promissor em termos de tratamentos para o cérebro.

Por exemplo: pesquisadores conseguiram melhorar a memória de ratos idosos injetando neles o sangue de ratos jovens. Esta pesquisa já está em fase de testes em humanos.

Foto: Divulgação/BBC Brasil / BBC News Brasil

Cientistas da Força Aérea dos Estados Unidos afirmam que uma pequena carga elétrica aplicada no couro cabeludo parece fortalecer conexões entre os neurônios.

Foto: Divulgação/BBC Brasil / BBC News Brasil

E, também nos Estados Unidos, pesquisadores trabalham na criação de um implante que seria colocado no cérebro para ajudar as pessoas com demência a formar novas memórias.

4. Socialização

Humanos são animais sociais; precisamos uns dos outros para sobreviver.

Atividades sociais estimulam o cérebro de uma forma parecida com a de atividades como ler e fazer palavras cruzadas.

Assim como aprender coisas novas ou ser fisicamente ativo, atividades sociais ajudam a desenvolver conexões entre os neurônios em diferentes áreas do cérebro.

E as pesquisas também sugerem que as pessoas solitárias têm o dobro de chances de desenvolver o mal de Alzheimer e outros tipos de demência.

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